Palanques estaduais dão força à campanha presidencial, avalia cientista político
Rafael Cortez disse ainda que as chances de uma terceira via emplacar na reta final são pequenas
O cientista político Rafael Cortez disse à CNN neste domingo (31) que os palanques estaduais podem dar “musculatura” às campanhas dos candidatos à Presidência.
“Tem uma expectativa importante, de olhar com cuidado, na definição das ofertas das candidaturas da disputa presidencial nos estados. A eleição presidencial é uma eleição que o candidato tem que viajar bastante, então ele [candidato] precisa desses palanques estaduais”, disse.
Segundo Cortez, nem sempre que um candidato sai da disputa, o eleitorado dele irá apoiar a campanha daquele que foi indicado pelo desistente. O cientista político cita o encontro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do candidato do Avante, André Janones, que têm uma reunião na quinta-feira (4) para discutir uma aliança ainda no primeiro turno.
“Então, se o Janones der apoio à candidatura do ex-presidente Lula, isso não significa que o leitor irá apoiá-lo. É necessário fazer campanha, é necessária uma construção política”, avaliou.
Cortez explica que o “eleitor não gosta de jogar o voto fora”. “Aos poucos o eleitor vai percebendo que têm candidatos mais competitivos, que têm mais força. E o eleitor vai caminhando ao longo da campanha para essa candidatura”, avaliou.
Nesse sentido, o cientista político aponta que as chances de uma terceira via emplacar na reta final são poucas. “O cenário estrutural não é positivo para a candidatura de terceira via ter uma musculatura interessante”.