Países na Cúpula da Amazônia buscam consenso sobre Carta de Belém
Principal divergência é sobre a exploração de combustíveis fósseis na região
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Foto de um macaco-barrigudo (Lagothrix lagotricha) visto na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
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Vista geral do rio Amazonas passando pelo departamento de Amazonas, na Amazônia colombiana.
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Vista aérea de região desmatada da Amazônia colombiana, em março de 2023.
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Cheia do rio Mocoa durante fortes chuvas na Amazônia brasileira, em Mocoa, na Amazônia colombiana, em maio de 2022.
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Pegadas humanas deixadas na lama da selva amazônica, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
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Ponte sob o rio Mocoa durante fortes chuvas na Amazônia colombiana, na cidade de Mocoa, em maio de 2022.
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Imagem aérea de zona desmatada na floresta amazônica no estado do Acre, na Amazônia brasileira, em julho de 2022.
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Boto é visto no rio Amazonas, na Colômbia, na Amazônia, em 4 de abril de 2023.
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Fazendeiro olha para fumaça que sobe de incêndio em Alto Rio Guamá, na Amazônia brasileira, em setembro de 2020.
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Vista de casa construída à margem do rio Limoeiro, no norte da Amazônia brasileira, em Limoeiro do Ajuru.
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Vista aérea de região desmatada da Amazônia colombiana, em março de 2023.
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Grupo do Ibama combate foco de incêndio na cidade de Novo Progresso, no sul do Pará, na Amazônia brasileira, em agosto de 2020.
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Grupo do Ibama combate foco de incêndio na cidade de Novo Progresso, no sul do Pará, na Amazônia brasileira, em agosto de 2020.
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Vista da floresta amazônica pela proa de um barco, na cidade de Leticia, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
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Plantas industriais na floresta amazônica, em Manaus, na Amazônia brasileira, em janeiro de 2023.
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Fotografia aérea de seção da floresta amazônica desmatada por incêndios, na região de Candeias do Jamari, em Porto Velho, na Amazônia brasileira, em agosto de 2019.
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Vista do rio Amazonas na cidade de Letícia, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
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Rio recorta os meandros da Amazônia brasileira em Manaus. Fotografia de janeiro de 2023.
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Casal de araras em ninho na Amazônia, em Roraima, em fotografia de novembro de 2017.
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Família de pai e filhas carregam balde d'água na rodovia Transamazônica, no estado do Pará, na Amazônia brasileira, em novembro de 2017.
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Gado é visto em pasto na bacia do alto rio Amazonas, em Rondônia.
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Acampamento de pesquisa do Amazon Tall Tower Observatory do Instituto Max Planck, na Amazônia brasileira, em Manaus, em janeiro de 2023.
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Casal de trinta-réis-grandes, também chamados de andorinha-do-mar, trinta-réis e gaivota, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
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Ponte suspensa na floresta amazônia, na Amazônia peruana.
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Imagens tiradas de um hidroavião mostram nuvens passando pela floresta amazônica, em Manaus, em janeiro de 2023.
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Caminhão levanta poeira em estrada da Amazônia enquanto viaja em porção desmatada da floresta amazônica, próximo de Chupinguaia, em Rondônia, em junho de 2017.
Crédito: Mario Tama/Getty Images
Ministros de Meio-Ambiente e de Relações Exteriores se reúnem nesta segunda-feira (7) na capital do Pará para os últimos ajustes no texto da Carta de Belém.
O documento será a declaração final da Cúpula da Amazônia que começa oficialmente amanhã (8).
A principal divergência é sobre a exploração de combustíveis fósseis na região. Para evitar conflitos, o assunto deverá ser lateral na Carta de Belém. Haverá menção de que será necessário que projetos de infraestrutura tenham “respeito a critérios socioambientais” e “consulta prévia a populações tradicionais”.
Outra divergência é sobre o cumprimento de metas de desmatamento. O Brasil pretende que os demais países incorporem a meta de desmatamento zero até 2030, mas há rejeição a proposta.
“Temos que compreender um pouco o contexto de como está acontecendo essa cúpula. Temos que olhar a declaração mais integrada, não ponto por ponto”, afirma à CNN a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Maria Alexandra Moreira.
“É uma agenda comum que os países estão buscando muito mais reforçada do que anos atrás. Existem logicamente temas polêmicos, mas, também, há muitos outros temas que estarão na mesa que anteriormente não estavam nem na pauta como mudanças climáticas, ciência e tecnologia, investimentos nas cidades amazônicas, saneamento.
Temos que olhar como uma declaração muito ambiciosa”, explica a secretária.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, é ferrenho opositor da ideia.
Em julho, durante um encontro preparatório da Cúpula em Letícia, na Colômbia, Petro questionou abertamente: “Vamos explorar petróleo na Amazônia?”
Nesta semana, Lula afirmou em entrevista a veículos de comunicação da Região Norte: “Podem continuar sonhando”.
O governo debate internamente a possibilidade de explorar petróleo na chamada margem equatorial, uma faixa de 1100km que vai do Amapá ao Ceará.
Neste sábado houve protestos em Belém contra a possibilidade de explorar petróleo na Amazônia.
Uma marcha intitulada “Amazonia Livre de Petróleo” percorreu um trecho próximo ao Hangar, onde ocorreram uma série de debates sobre meio ambiente.
Uma reunião para tratar da Carta de Belém ocorre entre os ministros do meio ambiente e das relações exteriores está prevista para ocorrer às 14h desta segunda-feira no Palácio do Governo do Pará, em Belém.
Antes disso, o chanceler Mauro Vieira deverá fazer uma declaração à imprensa.
O evento reúne pela primeira vez desde 2009 os países que integram a: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Também participam como convidados representantes de França, Alemanha, Noruega, Congo e Indonésia.