Painel CNN: Deputados debatem se militares devem ser proibidos de integrar a política
Os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) e Coronel Ulysses (União-AC) tratam também da ação das Forças Armadas nas operações GLO
![Os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) (e) e Coronel Ulysses (União-AC) (d). Os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) (e) e Coronel Ulysses (União-AC) (d).](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/03/Painel-17-03.png?w=1220&h=674&crop=1)
Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Ministério da Defesa sugere proibir a participação de militares da ativa na política – o militar deve, de acordo com o texto, deixar a corporação mesmo que não vença as eleições. A PEC será analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas eleições do ano passado, cerca de 1.700 militares, das Forças Armadas ou das polícias estaduais, concorreram a um cargo eletivo. Os que perderam na corrida eleitoral puderam voltar às suas atribuições militares.
Na mesma mão de desmilitarizar a política, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) propôs a PEC que pretende acabar com as GLO (Garantia da Lei e da Ordem) como elas existem hoje, excluindo a participação dos militares nessas situações.
“As operações GLO são, em geral, operações de segurança pública e não existe uma preparação correta das Forças Armadas para intervenção da segurança pública, então propomos que não interfiram nesse assunto”, argumentou Zarattini.
“Podemos ter a Força Nacional de segurança mais bem equipada, pronta para intervir em momentos em que é necessário, como agora no Rio Grande do Norte, o que facilita que as Forças Armadas se concentrem nas suas atribuições”, acrescentou.
Contra-argumentando, o deputado federal Coronel Ulysses (União-AC) sugere que “existe sim [uma preparação das Forças Armadas]; não é específica como a da PM, mas eles tem com certeza a preparação para atividades GLO, senão não estaria exercendo essa atividade”.
Ulysses sugere ampliar ações do exército e considera que o afastamento dos militares é um retrocesso.
(Publicado por Gustavo Zanfer, com informações de Carol Raciunas, da CNN)