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    Padilha minimiza derrotas no Congresso e diz que Planalto “não se surpreendeu”

    Ministro das Relações Institucionais disse que governo tem "noção" da realidade conservadora do Parlamento e tem buscado aprovação de pautas econômicas e sociais

    Mayara da Pazda CNN , Brasília

    O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou nesta segunda-feira (3) as derrotas sofridas pelo Palácio do Planalto nos últimos dias no Congresso Nacional e disse que o governo “não se surpreendeu” com nenhum revés.

    A declaração foi feita após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes do governo.

    Na semana passada, o governo saiu vencido com a derrubada ao veto sobre a restrição da saída temporária de presos em feriados, conhecida como “saidinha”.

    Além disso, o governo teve que aceitar a manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede a punição a atos de “comunicação enganosa em massa”.

    “Nada do que aconteceu no Congresso Nacional surpreendeu os articuladores políticos do governo”, afirmou Padilha.

    Segundo ele, o governo tem “noção” da realidade conservadora do Parlamento e, por isso, tem buscado atuar na aprovação de projetos voltados às áreas econômicas e sociais.

    “O governo sempre foi muito realista. Desde o ano passado, o que nós sempre apresentamos ao Congresso Nacional é uma pauta centrada no avanço econômico e social. Nós temos noção da realidade do perfil do Congresso Nacional, que espelha o que foi o pensamento do Brasil no dia das eleições”, completou o ministro.

    Mudança na articulação

    Após o fracasso, Lula quer passar a ter um contato mais direto com os líderes de seu governo, e não apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha — responsável pela articulação política do Executivo.

    Segundo interlocutores, a ideia do presidente é tornar esses encontros diretos uma rotina.

    O plano é também reunir, além das lideranças de governo, bancadas dos partidos aliados na Câmara dos Deputados e no Senado, como PT, PSOL e PSB.

    Em um segundo momento, a ideia seria marcar agentes com partidos com espaço na Esplanada dos Ministérios, como MDB, PSB e União Brasil.

    De acordo com Alexandre Padilha, Lula, que já se reuniu em outras ocasiões com líderes e vice-líderes de bancadas do Congresso, está à disposição para refazer esses encontros.

    Além de Padilha, também participaram do encontro desta segunda:

    • Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso;
    • Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
    • José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;
    • Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil;
    • Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda.

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