Pacheco assumirá Presidência pela 3ª vez com viagem de Bolsonaro à Inglaterra
Mourão e Lira, antecessores na linha sucessória, também estarão fora do país no período, para poderem concorrer a cargos do legislativo nas eleições
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), assumirá a Presidência da República pela terceira vez na vida ao final desta semana, devido a viagens de Jair Bolsonaro (PL) e de seus sucessores.
A CNN confirmou com interlocutores de Pacheco que o presidente do Senado permanecerá no Brasil durante os dias da viagem de Bolsonaro e, portanto, estará apto a assumir como presidente da República em exercício — diferentemente do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
Pela legislação eleitoral, caso assumam o exercício da Presidência, Mourão e Lira ficariam inelegíveis para a disputa aos cargos de senador pelo Rio Grande do Sul e de deputado federal por Alagoas, aos quais disputam as eleições deste ano, respectivamente.
Mourão, o primeiro na linha sucessória, segundo um interlocutor próximo confirmou à CNN, está com viagem programada para Lima, capital do Peru, durante o período em que Bolsonaro estiver no exterior.
Lira, segundo na linha sucessória, também tem previsão de sair do país para não se tornar inelegível. No entanto, segundo uma fonte próxima ao presidente da Câmara, ainda não há definição de um destino estrangeiro.
Bolsonaro deve embarcar no próximo sábado (17) para o Reino Unido — onde marcará presença no velório da rainha Elizabeth II —, e, de lá, segue para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos, marcada para a terça-feira (20).
A primeira vez que Pacheco — o terceiro na linha sucessória — exerceu a Presidência da República foi este ano, no dia 6 de maio, quando Bolsonaro viajou à Guiana, Mourão ao Uruguai e Lira aos EUA. A segunda vez foi em 8 de junho, quando Bolsonaro e Lira foram para os EUA e Mourão, à Espanha.
*Com informações de Pedro Teixeira e Gustavo Uribe, da CNN