Pablo Marçal pede que TSE mantenha sua chapa presidencial
Candidatura de Marçal é ameaçada por disputa interna sobre o comando do partido; atual presidente do Pros defende apoio a Lula
O candidato à Presidência da República Pablo Marçal (Pros) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral que o Pros seja proibido de declarar apoio a qualquer outro partido político e/ou candidato concorrente do candidato até que haja decisão definitiva sobre o registro dele.
Na última sexta-feira (19), o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, deu um prazo de 72 horas para que o Pros e Marçal se manifestassem sobre a candidatura dele.
Devido ao embate judicial pelo comando da legenda, a candidatura do influenciador e empresário está em disputa desde o início do mês. A determinação do TSE também inclui esclarecimentos da candidata à vice, Fátima Pérola Negra (Pros).
Marçal pediu ainda que sejam declaradas válidas as convenções nacionais realizadas em 31 de julho pelo Pros , sob o comando de Marcus Holanda, mantendo a chapa Pablo Marçal-Pérola Negra e declarando nula as convenções do Pros, sob o comando de Eurípedes Júnior, realizadas nos dias 5 e 15 de agosto. O candidato também quer um tempo de TV e Rádio.
No início de agosto, a direção do Pros decidiu revogar a candidatura de Marçal e Fátima, pois uma ala do partido defende o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno das eleições. Nos registros do TSE, o partido não aparece na coligação do ex-presidente porque não tem coligação do PT com o Pros.
A movimentação aconteceu em 15 de agosto quando o Pros sob o comando de Eurípedes juntou uma ata coligando com a coligação do Lula, mas depois foi percebido que coligação não tinha coligado com o Pros e o pedido de registro do Lula já tinha sido feito em 6 de agosto. O TSE manteve, na quarta-feira passada (10), a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que determinou a volta de Eurípedes Júnior ao cargo de presidente do Pros.
No entanto, a ala do partido pró-Marçal questiona a decisão do Diretório Nacional. O coach afirma ser vítima de perseguição política, e que não pretende desistir de sua candidatura.
Na prática, Pablo Marçal permanece candidato até que o TSE diga o contrário em eventual decisão que indeferir o pedido de registro com trânsito em julgado, ou na hipótese do candidato desistir, já que o prazo para impugnação já acabou.