Osmar Terra nega na CPI ter defendido imunidade de rebanho
Deputado disse que nunca se posicionou a favor da imunidade coletiva como estratégia contra a Covid-19 e que não aconselhou o presidente sobre o tema
O deputado Osmar Terra (MDB-RS) foi questionado diversas vezes, em seu depoimento à CPI da Pandemia nesta terça-feira (22), sobre a imunidade de rebanho ou coletiva para a Covid-19. A expressão é usada quando a transmissão de uma doença é interrompida após atingir um grande número de pessoas já imunizadas.
Terra disse que essa teoria não é defendida por especialistas no combate à pandemia de Covid-19 e que nunca a defendeu como uma estratégia, mas sim como uma consequência da imunização pela doença.
“Não existe nenhuma proposta de deixar a população se contaminar livremente. Nunca se fez isso”, afirmou o deputado.
Ele disse ainda não ter desmerecido as vacinas contra a Covid-19 ao falar sobre imunização por exposição ao vírus.
“Nunca desdenhei a vacina. Ela [a vacina] não tinha tempo para ser desenvolvida, me baseando nos exemplos anteriores. A vacina é o virus inerte, morto, como na Coronavac, injetado nas pessoas para produzir anticorpos que defendem de nova infecção. Se eu sou infectado por um vírus vivo, a tendência é produzir mais anticorpos do que o vírus inerte. Tem várias publicações falando sobre isso”, afirmou, sem detalhar os estudos.
O deputado disse ainda nunca ter aconselhado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre essa questão.
“Ele pode até ter visto alguma manifestação minha, mas não tratei sobre isso com ele. Eu sou defensor da vacina, é importante dizer isso. O ideal era que tivéssemos a vacina desde o primeiro dia.”
Antes, em sua fala inicial, ele também havia afirmado que nunca defendeu a imunização pelo contágio natural.
“Essa história de querer antepor a tal da imunidade de rebanho, que é uma interpretação de alguns senadores aqui, do que significa, não existe nenhuma proposta de deixar a população se contaminar livremente. Nunca se fez isso”, afirmou o deputado”, declarou.