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    Ordem já foi reestabelecida e polícia continuará nas ruas, diz secretário de Segurança do DF

    Júlio Danilo ainda afirmou que os crimes que foram cometidos serão apurados e os responsáveis serão responsabilizados

    Júlio Danilo, secretário de Segurança do DF
    Júlio Danilo, secretário de Segurança do DF Reprodução/CNN

    Douglas Portoda CNN

    em São Paulo

    O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, declarou, nesta segunda-feira (12), que a ordem já foi reestabelecida, após manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrarem cerca de dez veículos que estavam estacionados em frente ao prédio da Diretoria-Geral da Polícia Federal, na Asa Norte de Brasília.

    “O Governo do Distrito Federal vem trabalhando integrado com os órgãos federais e com a equipe de transição na sua missão de garantir a segurança dos cidadãos, das autoridades e a ordem pública. Hoje ocorreu um fato, já para o final da tarde, a prisão de um manifestante com o cumprimento de um mandado de prisão que acabou desencadeando atos de vandalismo próximos ao prédio da Polícia Federal no centro de Brasília”, explicou Júlio Danilo.

    “Prontamente, a Polícia Militar e a Polícia Civil responderam a essas agressões no intuito de reestabelecer a ordem, como agora, nesse momento, já foi reestabelecido. A polícia está nas ruas, continuaremos nas ruas, como já foi dito pelo ministro. Os crimes que foram cometidos serão apurados e os responsáveis serão responsabilizados”, continuou.

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que “a ordem é para prender os vândalos” e que todas as forças policiais do DF estão na rua, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Grupamento Tático Operacional (Gtop).

    Houve tiros de bala de borracha contra os manifestantes por parte de agentes da PF. Ao menos cinco ônibus foram incendiados.

    Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal afirmou que o protesto acontece em razão da prisão temporária do cacique José Acácio Serere Xavante, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A detenção ocorreu pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos pelo prazo de dez dias.

    Segundo a PF, Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos).

    E ainda em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

    Veja imagens dos protestos em Brasília:

    Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

    Devido ao caso, a PM reforçou a segurança onde estão hospedados o presidente eleito e grande parte da equipe de transição do novo governo, após a diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta tarde.

    O hotel fica a aproximadamente a 1km de distância do local. De acordo Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça, Lula está sob segurança.

    “Em nenhum momento Lula foi exposto a qualquer risco”, comunicou Dino.

    Distância da sede da Diretoria-Geral da Polícia Federal e do hotel onde está hospedado o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva / Reprodução/Google Maps