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    Oposição instaurou “nefasto ativismo judicial”, diz Carlos Bolsonaro ao TSE

    Em manifestação, o filho de Bolsonaro afirmou que a oposição ao governo federal "não cansou de criar narrativas falsas" para atacar campanha bolsonarista

    Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro
    Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

    Caio Junqueirada CNN

    em São Paulo

    O vereador e coordenador digital da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro, afirmou em manifestação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a oposição ajuda a criar um “nefasto ativismo judicial”.

    “A presente investigação, infelizmente, é mais um capítulo do nefasto ativismo judicial instaurado pela desesperada oposição ao atual Governo Federal, que não cansou de criar narrativas falsas para atacar e atrapalhar a atuação do primeiro investigado”, disse.

    Ele respondia à determinação do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, que pediu ao vereador para se manifestar sobre a acusação da campanha de Lula de que ele lideraria uma rede de desinformação na internet.

    Carlos disse também que trabalha desde 2010 com marketing digital.

     

    “O que talvez não seja de amplo conhecimento é que o trabalho desenvolvido através das mídias sociais começou em meados de 2010, quando o investigado criou o primeiro weblog, que tinha a função principal de armazenar imagens e informações sobre o seu pai”, explicou Carlos.

    “Já naquela época, o investigado percebia a necessidade de contrapor o viés negativo das notícias que circulavam com o nome do então Deputado Federal, Jair Bolsonaro. Como o passar do tempo, novas redes sociais surgiram, outras foram desaparecendo, e o investigado buscava entender cada uma delas, as suas funcionalidades e características, para aproveitar com mais eficiência tais meios de comunicação, até então desconhecidos”, disse.

    Na sequência, menciona que, até 2018, políticos ignoravam as redes sociais.

    “Na verdade, até as eleições de 2018, a força das redes sociais era ignorada por políticos, especialmente, porque possuíam a estrutura da máquina pública à sua disposição ou porque possuíam amplo acesso aos tradicionais meios de comunicação.”

    Carlos Bolsonaro continua. “Como não possuíam estrutura ou acesso aos meios de comunicação para divulgar os seus trabalhos, coube ao investigado ao longo de todos esses anos acumular vasta experiência como usuário das redes sociais, nada além disso”, declarou.

    Ele disse ainda que “não possui formação em programação ou marketing digital ou qualquer outro conhecimento técnico sobre redes e internet”.

    No documento, Carlos Bolsonaro detalha o funcionamento das redes, que aproximam usuários com interesses comuns.

    Presidente Jair Bolsonaro ao lado do filho Carlos durante debate entre presidenciáveis no Rio de Janeiro / 29/09/2022 REUTERS/Ricardo Moraes

    “Se for feito o mesmo modelo de monitoramento das redes sociais de perfis de opositores ao atual governo federal, o resultado será exatamente o mesmo. Haverá sempre intensa interação (troca de mensagens, curtidas, republicações, compartilhamento…) entre perfis de pessoas que possuem algum tipo de afinidade”, disse Carlos.

    “Isso ocorre porque as redes sociais de certa forma mitigam a famosa Teoria dos Seis Graus de Separação, aproximando, através dos seus algoritmos, usuários que possuem os mesmos interesses, logo, acabam por compartilhar o mesmo conteúdo.”

    Sobre a acusação em si, ele diz que a oposição “manipula premissas reais para se chegar a uma conclusão falsa”.

    “A petição inicial elaborada pela milionária estrutura jurídica montada pela representante é uma obra prima no quesito que se convencionou chamar de DESORDEM INFORMACIONAL, uma vez que “manipula premissas reais para se chegar a uma conclusão falsa.”

    O investigado nega fortemente a existência de qualquer tipo de união de “desígnios e esforços das pessoas representadas, em maior ou menor grau, visa a promover e propagar a desinformação” e neste aspecto, como visto acima, não há nos autos qualquer indício de planejamento ou articulação entre os investigados”.

    Na manifestação, Carlos Bolsonaro citou ainda uma frase proferida pelo ministro Gilmar Mendes em uma palestra na Fiesp em 2015 para criticar o PT.

    “Nem mesmo a capacidade de financiar eleições até 2038’ foi suficiente para superar o árduo trabalho desenvolvido pelo investigado”, afirmou. Gilmar sugeriu na ocasião haver um esquema de corrupção no governo petista para financiar eleições até 2038.

    Veja a íntegra do documento obtido pela CNN