Oposição entra com notícia-crime contra Flávio Dino na PGR por não fornecer imagens de 8 de janeiro
Arthur Maia, presidente da CPMI que investiga os ataques aos Três Poderes, fez o anúncio na primeira comissão após o recesso parlamentar
Após a retomada dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, na última terça-feira (1°), o presidente do colegiado, Arthur Maia (União Brasil-BA), disse que pediria ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ordem para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, entregue as imagens feitas no dia dos ataques contra os Três Poderes.
Nesta quinta-feira (4), deputados da oposição acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Dino após o ministro negar fornecer as imagens internas do prédio do Ministério da Justiça do dia 8 de janeiro.
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A notícia-crime solicita que “sejam devidamente investigadas eventuais condutas ilícitas possivelmente praticadas no âmbito do Ministério da Justiça, em razão de negativa de fornecimento de imagens à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito dos Atos de 8 de janeiro de 2023.”
Durante o andamento da comissão, Flávio Dino publicou em seu perfil no Twitter a seguinte mensagem:
“Tentaram fraudar a eleição de 2022 para ficar no poder. Ainda assim, perderam; tentaram dar um golpe de estado entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. Perderam novamente; tentaram explodir o aeroporto de Brasília e matar centenas de pessoas. Não conseguiram. Essas são verdades comprovadas. Não adianta ficar inventando “fatos” para encobrir tais verdades.”
1. Tentaram fraudar a eleição de 2022 para ficar no poder. Ainda assim, perderam.
2. Tentaram dar um golpe de estado entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. Perderam novamente.
3. Tentaram explodir o aeroporto de Brasília e matar centenas de pessoas. Não conseguiram.
Essas…
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 1, 2023
Os 12 deputados que recorrem à PGR pertencem às legendas do Partido Liberal (PL), Partido Progressista (PP), Novo e Podemos. Entre eles, nove deputados são ligados ao PL.
Procurados, nem o Ministério da Justiça nem o ministro Dino se manifestaram sobre o tema.