Operação que prendeu Queiroz ocorreu “nos estritos limites da lei”, diz MPSP
Frederick Wassef, em entrevista à CNN, disse que houve "armação" e que o escritório onde Queiroz foi encontrado estava vazio antes da operação policial
O Ministério Público de São Paulo afirmou, em nota divulgada neste sábado (20), que a operação que levou à prisão de Fabrício Queiroz na última quinta-feira ocorreu “nos estritos limites da lei”.
“Filmada, a ação dos promotores e dos policiais contou com o acompanhamento de três representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, observando-se, assim, todas as formalidades legais”, diz o MP, em nota assinada por Mário Sarrubo, procurador-geral de Justiça.
A ação foi criticada pelo advogado Frederick Wassef em entrevista ao âncora da CNN Caio Junqueira.
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“O que eu estou dizendo é: se surgirem quaisquer coisa em meu desfavor, é uma armação, é uma fraude, é uma farsa. Por que estão fazendo isso? Se fizerem, se fizerem, eu sei que estão fazendo isso pra tentar me incriminar, pra tentar aprontar uma pra mim, porque todos estão convictos hoje de que o Fred virou o alvo”, disse o advogado. Segundo Wassef, ele seria alvo da operação por ser próximo ao presidente Jair Bolsonaro — Wassef é advogado de Flávio, o filho mais velho do presidente.
Wassef disse à CNN que o escritório onde Queiroz foi preso estava completamente vazio antes da operação. “O meu escritório de advocacia estava absolutamente vazio. Não tinha uma caneta Bic porque estava fazendo uma reforma. O escritório não tinha sequer uma única caneta Bic ou folha de papel. Não tinha documento, chip. Zero. Só tinha a mobília. E mais: se vocês repararem nas filmagens nos dias que entraram lá vão ver vários móveis e peças do lado de fora. Isso prova que estava sendo esvaziado para pintar e fazer uma série de coisas na casa.”
Ele declarou também ser uma armação: “O que me assustou é que tenho certeza tratar-se de uma armação. Eu vi na imprensa que falaram que pegaram lá uma maleta ou uma caixa cheia de documento. E sei que isso é mentira. Portanto, o meu receio é que alguém possa ter plantado algo lá. É uma grande armação.”
O MP conclui a nota dissendo que “não cabe ao MPSP tecer qualquer tipo de comentário acerca das declarações de investigados ou de seus defensores, sejam eles constituídos ou não”.
Leia a íntegra da nota: