Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Operação foi excessiva”, avalia advogado sobre ação de Moraes a empresários

    Advogado criminalista e professor da FGV Celso Vilardi participou do Arena CNN nesta quarta-feira (31)

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    A operação da Polícia Federal (PF) contra empresários bolsonaristas, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi discutida por especialistas, nesta quarta-feira (31), no Arena CNN.

    Para o advogado criminalista e professor da FGV, Celso Vilardi, a operação foi “excessiva”, uma vez que não houve a execução de um crime.

    “Entendi que a operação foi excessiva, em um primeiro momento porque todos só tínhamos conhecimento pelas reportagens, ainda não tínhamos a decisão da avaliação, que não tinha sido divulgado. Havia o benefício da dúvida, embora já se desse para pressentir que havia uma decisão excessiva e equivocada em razão dos diálogos divulgados”, disse.

    “Os diálogos apontados na decisão, aparentemente, me indica que não existia ali a execução de um crime, mas conversas que considero abjetas, infelizes e até antidemocráticas. Daí a dizer que existe uma ameaça violenta ao estado democrático de direito, eu acho que não houve”, acrescentou o advogado.

    Em participação no Arena CNN, Celso Vilardi destacou ainda a gravidade das medidas que poderiam ter sido aplicadas aos empresários na ação da Polícia Federal.

    A quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas de empresários bolsonaristas, autorizadas pelo ministro do STF, atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

    A PF, no entanto, não pediu a quebra de sigilo bancário e nem o bloqueio de contas dos investigados. Após apresentar os fatos que motivavam a ação, o delegado Fábio Alvarez Shor solicitava apenas a “busca e apreensão de aparelhos celulares” dos empresários denunciados.

    “A medida de busca e apreensão é uma medida grave, a medida de quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas é uma medida que tem uma repercussão gigantesca na vida de uma pessoa, seja no ponto de vista pessoal ou empresarial”, afirmou o advogado.

    “Uma pessoa que tem uma conta bloqueada pela PF, pode ter problemas de compliance nos bancos, pode ter problema de crédito na sua empresa, então é uma medida grave e bastante restritiva”, incluiu Vilardi.

    Tópicos