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    “O Brasil não pode parar”, diz Caiado sobre indiciamento de Bolsonaro

    Governador de Goiás afirmou que situação envolvendo tentativa de golpe deve ser "repudiada" por todos os brasileiros

    Gabriela MilaneziManoela Carluccida CNN , São Paulo

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou, durante conversa com jornalistas, em um evento na cidade de São Paulo neste último sábado (23), que “a vida continua”, mesmo com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Fica só essa discussão, mas já não foi indiciado? E daí? A vida continua”, respondeu o governador quando questionado sobre esse assunto.

    Caiado ainda não havia se pronunciado sobre o tema. Ele afirmou que a ideia de elaborar um plano golpista deve “ser rejeitada e repudiada por todos nós, brasileiros”. Mas que, apesar disso, o “Brasil não pode parar”.

    “Agora você vê que tem dois anos que é só essa discussão no Brasil. As coisas não podem ser assim, se eu fosse ficar preocupado com pequenos detalhes dentro do meu governo, eu não governaria”, continuou.

    Ele reforça que o indiciamento de Bolsonaro não pode ser “a pauta do Brasil”.

    “O Supremo que vai decidir, cada um no seu quadrado, eu como gestor e o Supremo como órgão máximo para decidir e julgar o termo”, concluiu.

    Caiado, que já foi próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas se afastou dele desde a recente disputa nas eleições municipais em Goiás, disse que os dois “tiveram alguns desentendimentos”, mas que isso faz parte do jogo político.

    “O relacionamento com o presidente, divergências de momentos de campanhas eleitorais aconteceram, mas eu nunca deixei de recebê-lo, nem deixei de conversar com ele. […] Eu sou um homem que já tem alguns mandatos e muita experiência já na política e dentro daquilo que eu levo como posição, que sempre mantive na minha vida de muita independência, sempre fui uma pessoa muito tranquila em me posicionar”, afirmou.

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