O acerto de contas do eleitor com Bolsonaro, Lula e Lava Jato em 2022
Eleitor que vai às urnas em 2022 tomará sua decisão predominantemente pelo tripé economia-saúde-corrupção; armas dos principais candidatos já estão colocadas, sendo, porém, imprevisível um desfecho a pouco menos de um ano do pleito
![O discurso lavajatista — e o seu contrário — estão nas falas de Bolsonaro, Lula e Moro O discurso lavajatista — e o seu contrário — estão nas falas de Bolsonaro, Lula e Moro](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/12/eleicoes.png?w=1220&h=674&crop=1)
A disputa presidencial de 2022 tem tudo para ser o grande acerto de contas do eleitorado com o presidente Jair Bolsonaro (PL), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com a Operação Lava Jato.
Devem estar na disputa pelo Planalto Lula e o juiz-símbolo da operação, Sergio Moro (Podemos), responsável pelas decisões que levaram à exclusão do petista da eleição passada e depois virou ministro do vencedor, Jair Bolsonaro — o grande beneficiado pelo cenário de terra arrasada na política brasileira que a operação deixou e também provável candidato à reeleição.
Os três, líderes em todas as pesquisas de opinião, deverão estar nas urnas, abrindo a possibilidade para que pela primeira vez a população possa dar, simultaneamente, seu veredicto sobre o papel de cada um na Lava Jato e na política brasileira.
A justiça do voto nem sempre corresponde à justiça dos tribunais, mas será interessante verificar como os valores positivos e negativos que a Lava Jato despertou na população nos últimos anos se refletirão nas urnas. E as campanhas já se preparam para isso.
Apesar de as pesquisas apontarem que a economia é a preocupação maior do brasileiro em 2022, o discurso lavajatista — e o seu contrário — estão nas falas dos três.
Não à toa o grande ato até agora da pré-campanha, o jantar que reuniu os opostos Lula e Alckmin (sem partido), em São Paulo, em 20 de dezembro, foi organizado por um grupo de advogados que se caracterizou por defender investigados da operação e atacar juízes e o procuradores que a lideraram.
Também não é coincidência que Lula venha se utilizando do espaço que a liderança folgada nas pesquisas lhe dá para acusar de parcial o julgamento que considera ter tido, assim como Moro tem utilizado o espaço retomado na mídia para se defender dessa acusação e atacar a cúpula do Judiciário pela ampla revisão que vem fazendo de condenações e dos métodos da operação.
Já Bolsonaro, o grande beneficiado do lavajatismo em 2018, afia o discurso para retomar o discurso moralista de quatro anos atrás e reavivar o antipetismo. Esse posicionamento é visto como uma das tábuas de salvação que lhe restam diante de fortes críticas sobre a condução da pandemia e ter endossado durante seu governo medidas que contribuíram para decretar o fim da operação que ajudou a elegê-lo.
Veja os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 2 de 11
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Foto: Ricardo Stuckert - 3 de 11
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 4 de 11
Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet - 5 de 11
Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 6 de 11
José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras - 7 de 11
Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação - 8 de 11
Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021 - 9 de 11
Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022
Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação - 10 de 11
Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022
Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 11 de 11
Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB)
Crédito: Reprodução Facebook
Em uma eleição em que os indicadores econômicos — inflação e desemprego — apontam que o vencedor da disputa será aquele que melhor se apresentar como o mais capaz para melhorar a renda dos brasileiros, é de se questionar se o discurso moralista será decisivo para atrair votos e decidir o jogo.
O acerto de contas do eleitor será, nesse sentido, mais amplo do que meramente com a Lava Jato. Isso porque toda eleição em que um presidente da República é candidato, o caráter plebiscitário e, em especial no caso atual, como a população avalia sua condução na pandemia, também será um fator determinante no resultado final.
Nesse sentido, o eleitor que vai às urnas em 2022 tomará sua decisão predominantemente tendo por base o tripé economia-saúde-corrupção. E as armas dos principais candidatos já estão colocadas, sendo, porém, imprevisível a pouco menos de um ano das eleições prever qualquer desfecho.
Bolsonaro aposta na força do erário e da caneta para reverter a alta rejeição. Nunca um presidente foi para a urna com tamanha desaprovação, mas nunca também um presidente foi às urnas sem se reeleger.
No Palácio do Planalto, a avaliação é que a disputa não é contra Bolsonaro, mas contra a Presidência da República, instituição forte e com muitos instrumentos para se perpetuar no poder, haja vista a avalanche de medidas colocadas na rua no final de 2021, destinadas a agradar dos mais pobres aos mais ricos.
A ideia é somar a força do Estado com um discurso ideológico e reavivar o antipetismo, principalmente em um eventual segundo turno contra Lula.
Já o petista tem a vantagem e desvantagem de ser bem conhecido pelo eleitor. A tônica do discurso que Lula adotará — se do revanchista preso por 580 dias em Curitiba ou do moderado que governou com o centro — parece se dissipar conforme ele atrai forças da direita para a sua órbita.
Ainda assim, há receio sobre a política econômica lulista — ainda uma incógnita —e a respeito do alcance do aparelhamento petista sobre a máquina pública que notabilizou todos os 13 anos em que o partido conduziu o país.
As pesquisas, porém, revelam que o eleitor está, sim, a essa altura da corrida, disposto a dar uma segunda chance a legenda. Se isso se confirmar, ficará constatado o fracasso do projeto de poder da direita brasileira neste início de século.
Terceira via e desafios
Quanto à terceira via, os desafios seguem os mesmos: muitos nomes e votos insuficientes para quebrar a polarização. A sobreposição de critérios subjetivos —capacidade de mobilização e de enfrentamento aos dois líderes — sobre objetivos — posicionamento nas pesquisas —parece tornar inviável o afunilamento de opções.
Nem o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nem Sergio Moro (Podemos) parecem dispostos a abrir mão de suas candidaturas, fragmentando o campo político da direita e facilitando, assim, a vida de Bolsonaro.
Há uma dificuldade adicional para eles: ambos já serviram a Bolsonaro. Doria apoiou o ex-presidente em 2018 e Moro foi ministro da Justiça. As pesquisas mostram que o eleitor hoje prefere o original aos genéricos.
Além da disputa entre os adversários propriamente, a campanha presidencial traz outros ingredientes desafiadores. A conflagração do ambiente político e a violência de fanáticos são fatores de atenção, mas principalmente a distância que têm entre si os projetos políticos e as visões de país que lideram a disputa até agora para assumir um país que estará em difícil situação econômica e social em 1º de janeiro de 2023.
FOTOS – A política no Brasil em 2021
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2021 começou com uma greve crise no sistema de saúde de Manaus. Em janeiro, hospitais da capital do Amazonas ficaram sem oxigênio para tratar pacientes com Covid-19. No fim daquele mês, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, passou a ser investigado em razão do colapso. Ele ficou no comando do ministério de abril de 2020 a março de 2021, período em que o Brasil teve centenas de milhares de mortes em razão da doença provocada pelo coronavírus. Confira outros acontecimentos que marcaram a política brasileira em 2021
Crédito: Foto: Reprodução (06.jan.2021) - 2 de 30
Em 1º de fevereiro, Arthur Lira (PP-AL) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados. Ele contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e venceu o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP)
Crédito: Foto: CNN Brasil - 3 de 30
No mesmo dia, Rodrigo Pacheco, eleito pelo DEM de Minas Gerais, venceu a disputa pela presidência do Senado. Apoiado por uma ampla aliança, ele superou a senadora Simone Tebet (MDB-MS)
Crédito: Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 4 de 30
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante, em 16 de fevereiro, depois de publicar um vídeo nas redes sociais com ofensas e ameaças aos membros da Supremo Tribunal Federal. O parlamentar é alvo do inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos
Crédito: Foto: Betinho Casas Novas/Futura Press/Estadão Conteúdo - 5 de 30
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na operação Lava Jato em 8 de março. Com isso, Lula voltou a ficar elegível. Em 15 de abril, o STF confirmou a decisão de Fachin
Crédito: ESTADÃO CONTEÚDO - 6 de 30
Em 15 de março, o médico Marcelo Queiroga, que presidia a Sociedade Brasileira de Cardiologia, aceitou o convite de Jair Bolsonaro para suceder o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde
Crédito: Foto: Divulgação - 7 de 30
Com um voto da ministra Cármen Lúcia, em 23 de março, a 2ª turma do STF formou maioria no entendimento de que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex do Guarujá
Crédito: Foto: Nelson Jr./SCO/STF - 8 de 30
Em 30 de março, o governo Bolsonaro decidiu trocar de uma só vez os três comandantes das Forças Armadas. No Exército, o general Edson Leal Pujol (foto) foi substituído pelo também general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. No fim daquele mês, o presidente Bolsonaro fez outras seis mudanças na equipe de governo
Crédito: Foto: Fábio Rodrigues Pozzobom/Agência Brasil - 9 de 30
Ricardo Salles pediu demissão do ministério do Meio Ambiente em 23 de junho. Sua gestão foi marcada por altas taxas de desmatamento, tensões com a fiscalização ambiental, parlamentares, organizações não-governamentais e países estrangeiros. Acusado de relação com um esquema de desvio de madeira ilegal, ele foi sucedido por Joaquim Álvaro Pereira Leite
Crédito: Foto: Adriano Machado/Reuters (30.jan.2020) - 10 de 30
Instalada no Senado no fim de abril, a CPI da Pandemia atraiu a atenção com depoimentos em maio e junho e teve momentos quentes. No dia 25 de junho, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse em depoimento que o presidente Jair Bolsonaro havia citado o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), em um suposto "rolo" na aquisição das vacinas Covaxin. Barros negou ter ligações com a compra do imunizante. Em julho, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito para investigar Bolsonaro por suposta prática de prevaricação
Crédito: 25/06/2021REUTERS/Adriano Machado - 11 de 30
Em 1º de julho, o policia militar e vendedor Luiz Paulo Dominghetti Pereira afirmou à CPI que recebeu um pedido de propina de Roberto Dias, então funcionário do Ministério da Saúde, para vender vacinas contra a Covid-19. O pedido seria de US$ 1 por dose, sendo que a negociação envolvia 400 milhões de doses. As tratativas não avançaram, segundo o depoente
Crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senad - 12 de 30
Em 7 de julho, o presidente da CPI, Omar Aziz, deu voz de prisão a Roberto Dias durante depoimento à comissão. O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde estava se esquivando das perguntas dos senadores e foi acusado de mentir no depoimento. Ele foi liberado à noite depois de pagar fiança de R$ 1.100
Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado - 13 de 30
O presidente Jair Bolsonaro confirmou, em 22 de julho, a indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI), integrante do Centrão, para o comando da Casa Civil, cargo fundamental nas negociações com o Congresso. No discurso de posse, em 4 de agosto, Nogueira defendeu a democracia e prometeu equilíbrio
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A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso foi rejeitada na Câmara dos Deputados em 10 de agosto. Ela tinha o apoio do governo e recebeu 229 votos a favor, mas muito abaixo dos 308 necessários. Com isso, a PEC foi arquivada
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O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi preso em 13 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na investigação da Polícia Federal, Jefferson é acusado de participar de uma suposta milícia digital que promove ataques às instituições democráticas
Crédito: Estadão Conteúdo - 16 de 30
A recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendada pelo presidente Bolsonaro, foi aprovada pelo Senado em 24 de agosto. Aras passou por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e obteve os votos de 55 senadores no plenário. Ele ficará à frente da Procuradoria Geral da República (PGR) até 2023
Crédito: 25/09/2019REUTERS/Adriano Machado - 17 de 30
Em 25 de agosto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rejeitou o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes protocolado dias antes pelo governo federal. Pacheco tomou a decisão depois de a Advocacia-Geral do Senado emitir um parecer afirmando que o pedido feito pelo Planalto não tinha fundamento político. Moraes é relator de inquéritos que incomodam o presidente: o das fake news e o de financiamento de atos antidemocráticos
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O feriado da Independência em 7 de setembro foi marcado por atos contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro em todo o país. Bolsonaro discursou em atos realizados em Brasília e São Paulo. Ele ameaçou não cumprir decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem chamou de canalha, e disse que não será preso. O tom adotado pelo presidente provocou uma crise e reações contrárias de instituições e partidos
Crédito: Estadão Conteúdo - 19 de 30
Dois dias depois, Bolsonaro contou a ajuda do ex-presidente Michel Temer para conter a crise. Em carta que teria sido escrita por Temer, o presidente afirmou que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e que suas palavras “por vezes contundentes decorreram do calor do momento”
Crédito: Foto: Alan Santos/PR - 20 de 30
Em 22 de setembro, o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, confirmou à CPI da Pandemia que a operadora orientou médicos a modificarem o código de diagnóstico da Covid-19 em pacientes após um período de internação. Um dossiê entregue à CPI também acusou a Prevent de fazer testes com cloroquina no tratamento da Covid sem o conhecimento de pacientes
Crédito: Pedro França/Agência Senado - 21 de 30
O DEM e o PSL aprovaram a fusão dos partidos em 6 de outubro. A nova legenda foi batizada de União Brasil, terá Luciano Bivar (à esquerda) como presidente e poderá ter a maior bancada da Câmara dos Deputados
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), em 22 de outubro, anunciou que estava trocando o DEM pelo PSD. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que Pacheco só não será candidato a presidente em 2022 se não quiser
Crédito: Reprodução / CNN - 23 de 30
Em 25 de outubro, o Facebook e o Instagram excluíram a live feita pelo presidente Bolsonaro quatro dias antes em que ele associou a vacinação contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Aids. A afirmação feita por ele não tem base científica e também provocou a abertura de um inquérito no STF
Crédito: Alan Santos/PR - 24 de 30
Senadores da CPI da Pandemia entregaram o relatório final da comissão à Procuradoria-Geral da República e ao STF em 27 de outubro. No documento, os parlamentares recomendam o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. A CPI atribuiu ao presidente Bolsonaro o cometimento de dez crimes e pediu que ele seja afastado de todas as redes sociais para a “proteção da população brasileira”
Crédito: Reprodução/CNN Brasil (27.out.2021) - 25 de 30
O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro se filiou ao Podemos em 10 de novembro. Na cerimônia, ele adotou um discurso contra a corrupção, defendeu a operação Lava Jato e se admitiu a possibilidade de ser candidato a presidente
Crédito: CNN / Reprodução - 26 de 30
Em 27 de novembro, o governador de São Paulo, João Doria, venceu as prévias do PSDB para ser o candidato do partido a presidente em 2022. Ele superou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. As prévias foram tumultuadas em razão das falhas no aplicativo usado inicialmente pelo partido para a votação, o que chegou a adiar o desfecho da disputa
Crédito: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 27 de 30
Depois de negociações com outros partidos, o presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL, presidido por Valdemar Costa Neto, em 30 de novembro. A própria negociação com a legenda teve momentos de tensão. Com o desfecho, o partido deve atrair aliados de Bolsonaro, mas também perde figuras como o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), que se opõe ao presidente
Crédito: CNN / Reprodução (30.nov.2021) - 28 de 30
Depois de meses de espera, o ex-ministro André Mendonça foi sabatinado, em 1º de dezembro, na Comissão e Constituição e Justiça do Senado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio. Cercado pela polêmica de ter sido indicado pelo presidente Bolsonaro como "terrivelmente evangélico", Mendonça conseguiu a aprovação na Comissão e no plenário do Senado. Ele tomou posse no STF em 16 de dezembro
Crédito: 01/12/2021REUTERS/Adriano Machado - 29 de 30
O MDB lançou a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata à Presidência da República em 8 de dezembro. Ela é até o momento a única mulher postulante ao Planalto. Em discurso, a parlamentar citou a gravidade da situação do país, com milhões de pessoas passando fome
Crédito: Foto: Divulgação/MDB - 30 de 30
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), promulgaram em 16 de dezembro a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios. Ela tramitou por quatro meses no Congresso e determina um limite anual para que o governo pague precatórios — dívidas da União, estados e municípios determinadas pela Justiça --, o que abre um espaço de R$ 43,8 bilhões no Orçamento para gastos em 2022. A PEC foi a principal estratégia do governo para bancar o pagamento do Auxílio Brasil em 2022
Crédito: Divulgação CNN Brasil