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    Nunes diz à CNN ver vantagem com Bolsonaro contra esquerda em SP: “Eleitor de centro-direita é predominante”

    Prefeito questionou a indecisão do apoio do PSDB e diz ser “mais difícil” para ele escolher um vice

    Maria Clara MatosManoela Carluccida CNN*

    São Paulo

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (15), que considera o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “muito importante”, e que a capital paulista possui um eleitorado predominantemente de centro-direita.

    “Considero um apoio muito importante, trabalhamos bastante para poder ter esse apoio do presidente Bolsonaro, até porque eu tenho atuação no campo do centro. Ter a direita junto é fundamental dentro do contexto do que a gente pensa”, afirma Nunes, completando que o apoio do ex-presidente da República também era uma questão de estratégia de campanha.

    Sobre o possível apoio do PSDB, sigla que governou São Paulo por mais de 30 anos, Nunes ressaltou que parte da sua equipe da prefeitura é composta por secretários do PSDB.

    “Como que o PSDB vai poder questionar o governo que ele faz parte e que ele tem a predominância? Tem uma coisa muito importante desse processo todo que é a questão da democracia”, opina. O partido está dividido entre lançar um candidato próprio na disputa pela prefeitura de São Paulo ou apoiar o atual chefe do executivo paulistano.

    “Ficaria muito estranho, sinceramente, você ter a grande maioria me apoiando e ter um grupo, ou uma pessoa ou duas, indo no sentido contrário. Acho que ficaria muito difícil de explicar”, afirma.

    Quem será o vice de Ricardo Nunes

    Além da indefinição em relação ao apoio do PSDB, outra questão que ainda não foi determinada é o nome do vice-prefeito na chapa de Nunes. Um dos possíveis nomes ventilados foi do ex-vereador Aldo Rebelo “É uma pessoa que tem uma grande experiência e tem o respeito e o trânsito em todos os setores, tanto da política quanto da sociedade civil. Tanto é que é meu secretário hoje”, disse Nunes.

    Aldo substituiu Marta Suplicy (PT), que ocupava o cargo de secretária de Relações Internacionais na Prefeitura de São Paulo. Marta deixou o governo municipal para voltar ao PT e ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), adversário de Nunes na disputa.

    Apesar de agradá-lo, o prefeito afirma que ainda não decidiu quem vai compor seu time nas eleições de outubro. “Tenho uma situação que é diferente do meu adversário. É uma situação onde tenho vários partidos que eu preciso conversar”, disse.

    Nunes defende que tenha sido “mais fácil” para Boulos escolher sua companheira de chapa, já que foi uma indicação direta do presidente. “Foi o presidente Lula que falou vai ser essa a vice e ponto acabou. Foi mais fácil para eles”.