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    Número de militares em cargos civis cresce e passa de 6 mil no governo Bolsonaro

    No final do governo Michel Temer havia 2.765 militares em cargos no Executivo, segundo documento do TCU

    Renata Agostinida CNN

    Um levantamento exclusivo mostra o tamanho da militarização no governo federal sob o comando de Jair Bolsonaro.

    São 6.157 militares ocupando diversos cargos no Poder Executivo, de acordo com uma análise do Tribunal de Contas da União (TCU) a que a CNN teve acesso.

    No final do governo Michel Temer (MDB) havia 2.765 militares em cargos no Executivo, segundo o documento.

    No primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), o número de militares subiu para 3.515, impulsionado pela alta de militares nomeados para cargos comissionados. Só na área da saúde, o número de militares aumentou de 718 no final do governo Temer para 1.249 com Bolsonaro.

    Em 2020, o número aumentou de forma expressiva por causa da contratação de militares para atuar no INSS, em maio — em um contrato que vai até 31 de dezembro e poderá ser prorrogado. O governo decidiu abrir vagas temporárias para tentar zerar a fila de pedidos de aposentadoria, que passava de um milhão.

    No começo do período analisado também não havia nenhum militar em conselhos de administração de estatais. No governo Bolsonaro, há oito.

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    Os ministros do TCU autorizaram o levantamento em junho, justamente para verificar se a percepção de que há uma militarização do governo federal se confirmaria.

    O pedido foi feito inicialmente pelo ministro Bruno Dantas e aprovado pelos demais ministros da Corte. Dantas sustentou seu pedido porque, segundo ele, são “constantes às alusões a uma possível militarização excessiva do serviço público civil”.

    Dantas disse ainda que era importante que a sociedade soubesse o número real de militares ocupando os cargos civis “dados os riscos de desvirtuamento das Forças Armadas que isso pode representar, considerando seu papel institucional e as diferenças entre os regimes militar e civil”.

     

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