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    Núcleo do governo orientou Bolsonaro a não atacar nominalmente ministros do STF

    Grupo classifica atuação do presidente no 7 de Setembro como condizente ao que prevê a legislação eleitoral; oposição ameaça levar caso à Justiça

    Leonardo Ribbeiroda CNN , em Brasília

    Caberá à justiça dizer se as comemorações do 7 de Setembro configuraram ato político. No entanto, segundo apurou a CNN com fontes do Palácio do Planalto, o governo federal tomou precauções para que os eventos institucionais não se misturassem com campanha eleitoral. A conclusão é de um dos integrantes do chamado “núcleo contencioso” do governo de Jair Bolsonaro (PL).

    O grupo reúne o advogado-geral da União, Bruno Bianco; o controlador-geral da União, Wagner do Rosário; o subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Renato de Lima França; e mais recente passou a contar com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

    De perfis moderados, os quatro têm atuado como “bombeiros” e procurado contrapor as propostas mais ousadas apresentadas por colegas do primeiro escalão que participam diretamente da coordenação da campanha de reeleição do presidente.

    Mais do que evitar problemas judiciais, o trabalho dessa “tropa de choque” também visa apaziguar os ânimos, sobretudo em relação a membros do judiciário, com quem todos têm bom trânsito.

    Bolsonaro teria atendido parte das recomendações do grupo para aliviar os discursos de hoje (07), em Brasília, após o desfile em alusão ao Bicentenário da Independência. Apesar de o presidente ter mandado indiretas ao Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, não fez acusações nominais a ministros da Corte, como ocorreu recentemente em que chamou o ministro Alexandre de Moraes de “vagabundo”.

    Quando Bolsonaro faz isso traz, ao menos, dois problemas: a indisposição com outro poder e a certeza de judicialização de questões que poderiam ser evitadas.
    Sobre a ameaça sinalizada pela oposição de apresentar representações junto ao Ministério Público Eleitoral por conta dos atos de Bolsonaro no 7 de Setembro, o entendimento de um dos ouvidos é de que ficou clara a separação entre os desfiles cívicos-militares e os atos políticos que ocorreram em sequência.

    A atividade teria transcorrido dentro do que prevê a legislação, porque o presidente não fez discurso no palanque institucional. A situação é apontada como semelhante quando o presidente sai do expediente no Planalto às 18h, após um compromisso oficial de grande vulto, e segue para encontro com apoiadores em outro lugar da cidade.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.