Nova fase da Lava Jato mira ex-presidente da CPMI da Petrobras
Esta etapa da investigação apura o pagamento de propina ao ex-senador Vital do Rêgo Filho (MDB)
A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (25) 15 mandados de busca e apreensão em Brasília, João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande, na Paraíba, na 73ª fase da Operação Lava Jato.
Essa etapa da investigação investiga o pagamento de propina ao ex-senador Vital do Rêgo Filho (MDB) quando o político era presidente da CPMI da Petrobrás – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, instaurada no Congresso em 2014, para apurar crimes de corrupção dentro da estatal. Atualmente, ele é ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
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A operação tem como objetivo colher mais informações sobre a participação de intermediários no recebimento de propina. Segundo a Polícia Federal, executivos de empreiteiras pagaram R$ 4 milhões para que não fossem investigados na CPMI da Petrobrás.
O Ministério Público Federal também denunciou nesta terça-feira o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, por pagamento de propina ao ex-senador.
A propina teria sido paga de duas formas: com o fechamento de contratos fictícios com a empresa Câmara e Vasconcelos para viabilizar a entrega de R$ 2 milhões e a celebração de contrato superfaturado pela empreiteira com a Construtora Planície para o repasse de R$ 1 milhão ao ex-senador. Os ajustes e os pagamentos ocorreram todos durante o ano de 2014, ainda de acordo com o MPF.
A investigação indica que os recursos pagos às empresas foram recebidos pelos intermediários Alex Antônio Azevedo Cruz, Alexandre Costa de Almeida e Dimitri Chaves Gomes Luna, todos diretamente ligados a Vital do Rêgo.
A 73ª Fase da Operação recebeu o nome de Ombro a Ombro. É uma alusão à origem histórica das CPIs, que pode ser associada a reuniões de monges budistas, quando esses se sentavam em círculo (ombro a ombro) para meditar e entender as causas do mal-estar geral.