No Senado, só 4 das 10 candidaturas mais caras se elegeram; na Câmara, 5
Levantamento feito pela CNN mostra que campanhas caras para o Congresso não são garantia de eleição
Um levantamento feito pela CNN mostrou que campanhas caras para o Congresso não são garantia de eleição. Das 10 candidaturas ao Senado com as maiores receitas, seis não estarão em Brasília em 2023; entre as 10 mais caras para a Câmara dos Deputados, cinco não se elegeram.
Entre as maiores receitas de campanha para deputado federal declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cinco não conseguiram a eleição: Fabíola Cabral (Solidariedade-PE), Joice Hasselmann (PSDB-SP), Aelton Freitas (PP-MG), Geovania de Sá (PSDB-SC) e Julian Lemos (União-PB), todos com receitas acima de R$ 3 milhões.
No caso de Joice Hasselmann, 6ª campanha com mais recursos, o custo por voto chegou a R$ 235,48. Ela teve mais de R$ 3 milhões para busca a reeleição, mas não passou dos 13 mil votos – quase um milhão a menos do que teve em 2018. Também foi a menos votada da lista.
Já no caso do Senado, em que as campanhas são mais custosas, o líder entre os derrotados teve mais de R$ 7 milhões em receitas: Edson Aparecido (MDB), que concorreu por São Paulo.
Completam a lista Márcio França (PSB-SP), Álvaro Dias (Podemos-PR), Marcelo Aro (PSDB-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Ana Amélia Lemos (PSD-RS).
Além do alto investimento para campanha, a relevância política dos ex-postulantes ao Senado chama atenção: enquanto Márcio França, Álvaro Dias e Marconi Perillo já governaram seus estados, Ana Amélia Lemos foi senadora do Rio Grande do Sul por oito anos e candidata a vice-presidente em 2018, na chapa de Geraldo Alckmin (então no PSDB).