No Rio, Bolsonaro diz que está à disposição para conversar com Fachin
"As Forças Armadas não servirão de moldura de fotografia do TSE", afirmou o presidente da República
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (23), no Rio de Janeiro, que está à disposição para conversar com o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na última segunda-feira (18), Bolsonaro levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores de diversos países em Brasília. O episódio foi criticado por Fachin.
Segundo o presidente, o ministro se recusa a aceitar sugestões das Forças Armadas. “Eu estou pronto para conversar com ele, sem problema nenhum. Eles convidaram as Forças Armadas. É impressionante que a grande mídia, com todo respeito a vocês, não tenha mais a curiosidade investigativa. Tem um inquérito da PF que está aberto desde 2018 e está aberto com informações prestadas pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral ”
“Ninguém consegue entender o senhor Fachin não aceitar as sugestões das Forças Armadas, que foram convidadas a integrar uma comissão de transparência eleitoral. As Forças Armadas, que é minha, que é do povo brasileiro, não se servirá ser moldura de uma fotografia do TSE”, continuou.
Bolsonaro ainda rebateu declarações da oposição de que ele poderia sofrer condenações penais, caso não seja reeleito
“Eu tenho visto nos jornais, que se eu não for reeleito, sofrerei condenações criminais, cadeia. Ninguém vai me intimidar com isso. Não quero me comparar com um cara que assaltou o Brasil durante muito tempo e depois foi descondenado pelos seus amigos no Supremo Tribunal Federal. Deixo claro que a minha vida foi embora no dia 6 de setembro de 2018. Devo a Deus essa segunda parte da minha vida e nada nos intimidará. E arbitrariedades não farão contra mim, tenho certeza, porque essas pessoas que estão ameaçando têm o mínimo de juízo”.
O presidente também voltou a dizer que as eleições de 2014 e 2018 podem ter sido fraudadas.
“Nós temos aqui o comando de defesa cibernética, que apresentou sugestões que simplesmente anulam qualquer possibilidade de adulteração de números por ocasião das eleições. Digo mais, tem um ofício das Forças Armadas, encaminhado ao TSE, de aproximadamente 20 dias, onde ele pede tudo que aconteceu tecnicamente nas eleições de 2014 e 2018. Não sei por que o TSE não informou isso ainda.”
“Isso é vital para que nós possamos mostrar para sociedade o que aconteceu dentro do TSE. Se eles não querem prestar essas informações, eles devem dizer por que não querem prestar as informações. As Forças Armadas, na qual eu sou o chefe, sou o chefe supremo, vamos continuar exigindo deles, exigindo, a palavra é essa, informações.”
“A eleição não é do TSE, não é do Supremo, não é do Executivo, nem do Legislativo, as eleições são do povo brasileiro. E o povo quer ter certeza em quem ele votou. Isso se chama pacificação, se chama respeitar as instituições democráticas, o que lamentavelmente não vem sendo feito por parte do ministro Fachin, no momento.”
A assessoria do TSE informou que não tem previsão de manifestação sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro.
Debate
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