No início da última semana de campanha, Lula faz evento com artistas; Bolsonaro participa de sabatina
Ciro Gomes (PDT), em leitura de manifesto, reafirmou sua candidatura; Simone Tebet (MDB) teve agenda no Rio Grande do Sul


Iniciando a última semana campanha antes do primeiro turno das eleições – que acontece no dia 2 de outubro –, os candidatos que pontuam no agregador de pesquisas CNN/Locomotiva tiveram agenda nesta segunda-feira (26) em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um encontro com artistas, intelectuais e personalidades. O evento aconteceu presencialmente em São Paulo e foi transmitido ao vivo nas redes do petista com o nome Super Live Brasil da Esperança.
Estavam presentes ou declararam apoio a Lula através de vídeo nomes como: Daniela Mercury, Gregório Duvivier, Pabllo Vittar, Valesca Popozuda, Chico César, Caetano Veloso, Djamila Ribeiro, Lilia Schwarcz, Marcelo Serrado, Miguel Falabella, Mark Ruffalo e Roger Waters.
Durante o evento, Lula falou sobre violência política e disse acreditar na vitória ainda no primeiro turno.
“Uma eleição que pode pôr fim à guerra que tomou conta deste país desde a chegada do atual presidente. Uma guerra que dividiu famílias, transformou velhos amigos em inimigos, que fez até mesmo irmãos atirarem em outros irmãos dentro da igreja. Isso precisa acabar e o quanto antes melhor”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve agenda interna pela manhã e, à noite, participou de uma sabatina no Jornal da Record. Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a garantir a continuação, em 2023, do Auxílio Brasil no valor de R$ 600.
“Já acertado com Arthur Lira, já acertado com o Paulo Guedes que temos de onde tirar esses R$ 600 de forma definitiva. Então é a palavra minha, é a palavra do Paulo Guedes, é do próprio Arthur Lira”, disse.
“Vem da taxação dos dividendos para quem ganha acima de R$ 400 mil. E, segundo o Paulo Guedes, dá para, em cima disso, mexer na tabela de Imposto de Renda. Então está garantido”, acrescentou Bolsonaro.
O candidato Ciro Gomes (PDT) leu, na sede de seu comitê da campanha, em São Paulo, o que chamou de Manifesto à Nação. O texto anunciou a manutenção de sua candidatura e trouxe críticas aos defensores do voto útil, como havia adiantado a analista da CNN Basília Rodrigues.
“Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do voto útil. Com essa pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem: no regime de dois turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores; e, se for o caso, de optarem depois por aquele mais se aproxima de suas ideias”, disse.
Durante a noite, Ciro deu entrevista ao Flow Podcast, na qual comentou sobre o manifesto. “Estou, sim, muito machucado, mas ao mesmo tempo muito animado porque ninguém dedicaria tanta energia e tantos ataques como aqueles que eu tenho sofrido se eu fosse irrelevante”, colocou.
A candidata Simone Tebet (MDB) cancelou agenda que teria em Maringá (PR) durante a manhã após não conseguir pousar na cidade devido às condições climáticas. Durante a tarde, ela teve compromissos em Pelotas e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Durante entrevista a jornalistas no comitê suprapartidário de Pelotas, Tebet criticou a campanha do chamado “voto útil”. “Primeiro que voto útil é voto consciente. É o voto do eleitor na urna com a sua consciência”, disse Tebet.
A emedebista ainda criticou a polarização política e se colocou como a candidatura do “equilíbrio”. “A polarização faz com que a terceira via e o centro democrático ressurja nessa eleição”, declarou.