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    “No futuro poderá ser sentida a necessidade do apoio”, diz Mourão sobre a exclusão de militares da fiscalização do sistema eleitoral

    Para o ex-vice-presidente, militares poderiam auxiliar o trabalho de auditoria das eleições. Sem encontrar falhas, Forças Armadas questionaram confiabilidade do processo durante o governo Bolsonaro

    Julliana Lopesda CNN , São Paulo

    O senador e ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lamentou a exclusão das Forças Armadas da lista de entidades fiscalizadoras do sistema eletrônico eleitoral.

    A mudança, apresentada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, foi aprovada por unanimidade pela Corte nesta terça-feira (26).

    “Como toda decisão, ela tem consequências e, no futuro, poderá ser sentida a necessidade do apoio das FA nesse trabalho”, afirmou Mourão à reportagem.

    Os militares participaram, de forma inédita, do processo de auditoria do sistema eleitoral durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ao longo do período, o Ministério da Defesa fez questionamentos públicos à confiabilidade do sistema, mas não apontou falhas na conclusão da análise.

    “Julgo que as Forças possuem capacidades que devem ser aproveitadas e, com isso, facilitar o processo”, completou o ex-vice-presidente.

    Na decisão de retirada, chancelada pelo demais integrantes do TSE, Moraes alegou que a atuação das Forças no trabalho de auditoria se mostrou “absolutamente incompatível com as atribuições constitucionais”, além de desnecessária e ineficiente.

    O ministro, no entanto, reforçou a continuidade do trabalho militar na logística do transporte de urnas e no esquema segurança de eleitores e locais de votação.

    Vídeo: TSE retira Forças Armadas e STF de auditoria das urnas

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