Negociação da Coronavac com governo Bolsonaro deve ser retomada após eleições
A CNN apurou que as tratativas seguem e integrantes da gestão paulista estão em contato permanente com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazzuelo
![](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/THAIS-ARBEX1-1.jpg?w=64&h=64&crop=1)
No centro de uma disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a vacina Coronavac segue no rol de opções do governo federal para o Plano Nacional de Vacinação.
A CNN apurou que as tratativas seguem e integrantes da gestão paulista estão em contato permanente com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazzuelo, para que o imunizante desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã seja comprada pelo governo Bolsonaro.
Assista e leia também
Ministério da Saúde é pressionado sobre compra de vacina contra Covid-19
Covid-19: para garantir leitos, SP suspende agendamento de cirurgias eletivas
As tratativas seguem no sentido de incluir Coronavac no programa federal, para que o governo possa ter um rol de opções, de modo a atender todo o país.
A ideia, no entanto, é que as conversas oficiais só sejam retomadas após o segundo turno das eleições municipais. A avaliação é a de que a disputa política tende a contaminar o avanço das negociações. As autoridades que estão à frente das conversas acreditam que é preciso esperar a “poeira baixar” –especialmente depois do episódio em que o presidente comemorou a suspensão dos testes da vacina chinesa no Brasil.
No governo paulista, a avaliação é a de que o clima de “suspiro de esperança” com a chegada do primeiro lote de doses da Coronavac em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (19), pode contribuir para que o ingrediente político pese menos nesse debate.
Em meados de outubro, Bolsonaro esvaziou o plano de aquisição futura da Coronavac feito por Pazuello, sob o argumento de que a vacina não era confiável por causa de sua origem.
Na semana passada, o presidente recuou e disse que pode autorizar a compra da vacina produzida pela Sinovac, mas não pelo preço que um “caboclo aí quer”.
As 120 mil doses da Coronavac que chegaram a São Paulo nesta manhã ainda precisam de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem aplicadas nos brasileiros.
A vacina está na fase 3 dos testes clínicos, etapa que mede a eficácia do produto, se ele é capaz de proteger contra a covid-19. Somente após a conclusão desta fase é que a vacina poderá obter autorização da agência.