Não tenho conexão com atos antidemocráticos, diz marqueteiro do Aliança
Sérgio Lima falou sobre o inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos: "não tenho nada a dever"
O publicitário e marqueteiro do Aliança pelo Brasil Sérgio Lima disse à CNN nesta terça-feira (23) que sua empresa, a Inclutech, prestou serviços aos quatro deputados bolsonaristas investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito sobre os atos antidemocráticos — com pautas como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) — e afirmou não ter nenhuma conexão com eles.
“Não tenho nada a dever. Estou à disposição da Justiça, inclusive, para acelerar o inquérito”, falou.
Lima disse que trabalha com a internet desde 1999 e não é um aventureiro que chegou para atender alguns deputados. “Meu trabalho é feito como outra agência qualquer que presta serviço de rede sociais, monitoriamento e SEO, que é posicionar bem os sites dos deputados nas redes sociais”, explicou.
“Não passa disso. Nunca financiei nenhum ato antidemocrático e nunca utilizei a minha rede social para poder agredir qualquer instituição ou pessoa”, afirmou.
Segundo ele, a empresa recebeu verba dos parlamentares. “Tenho contrato com eles, emiti nota fiscal, paguei imposto, tudo segundo o regimento da Câmara dos Deputados”.
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Lima também disse que apoia o presidente Jair Bolsonaro “pelo simples motivo dele não ser corrupto”. “Não espero nada em troca do presidente da República. O que espero é cumprir com a minha missão de fundar o Aliança pelo Brasil para que seja o maior partido da direita do nosso país”, afirmou.
Os deputados citados pela PGR são: Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes (PSL-PR). Segundo a investigação, os parlamentares usaram recursos de sua cota parlamentar para contratar a Inclutech.