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    “Não sou político, sou técnico”, diz à CNN ex-integrante do governo Bolsonaro que virou número 2 do Esporte

    Nomeação de Antonio Paulo Vogel de Medeiros como número 2 do ministro André Fufuca, publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União, gerou críticas no governo

    Jussara Soares

    Ex-integrante do governo Jair Bolsonaro (PL) e agora escolhido como secretário-executivo do Ministério do Esporte no governo Lula (PT), o auditor Antonio Paulo Vogel de Medeiros afirmou à CNN ser técnico, e argumentou que não cabe a ele falar sobre minúcias da política.

    “Se o cara é do partido A, do partido B, isso é uma questão da política. Sou técnico. Eu vou trabalhar onde eu for convidado e tiver uma proposta boa e séria de trabalho”, disse Vogel à CNN.

    A nomeação de Vogel como número 2 do ministro André Fufuca, publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União, gerou críticas no governo.

    Auditor de carreira do Tesouro Nacional desde 1998, Vogel ocupou cargo de gestão desde 2007, mas ganhou destaque no governo Bolsonaro. Na época, ele chegou a assumir interinamente o Ministério da Educação quando o ex-ministro Abraham Weintraub foi exonerado em 2020.

    “O servidor de carreira existe para dar institucionalidade ao serviço público. O ministro Fufuca buscou um técnico para ajudar a tocar a máquina. A política é com ele, eu não sou político. Sou técnico. Faço meu trabalho de gestor muito bem em todos os lugares em que passei”, disse.

    Vogel ganhou a confiança no entorno de Bolsonaro no governo de transição quando era secretário de Gestão do Ministério do Planejamento do ex-presidente Michel Temer (MDB).

    Com a proximidade, assumiu o cargo de secretário-executivo adjunto da Casa Civil logo no início do governo Bolsonaro.

    Depois, ele se tornou secretário-executivo da Educação na gestão de Abraham Weintraub. Quando o então ministro deixou o governo, Vogel ficou à frente da pasta até Bolsonaro indicar um novo nome para o ministério.

    Na ocasião, Vogel chegou a ser defendido para permanecer no posto, mas era chamado de “petista” por bolsonarisas do governo. Por último, ocupou o cargo de secretário de Orçamento no Ministério da Defesa.

    “Sou um servidor público de carreira, a minha função é fazer meu trabalho da melhor maneira possível porque eu sirvo ao Estado brasileiro. Se eu tenho chefe que está disposto a trabalhar e está disposto a fazer um trabalho de qualidade e quer uma pessoa auxiliando ele a conduzir a máquina do ministério, eu vou aceitar”, disse Vogel.

    O novo número 2 do Ministério do Esporte é economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e advogado pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado em administração pública no Brasil e nos Estados Unidos.

    Vogel também foi secretário-adjunto de Fazenda da cidade de São Paulo no governo Fernando Haddad (PT), entre 2013 e 2014. Em 2015, ele foi secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização no Distrito Federal no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB).

    No ano seguinte foi superintendente-executivo da Secretaria de Fazenda de Goiás na gestão de Marconi Perillo (PSDB).

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