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    Não se enfrenta conjuntura zerando tributos, diz presidente do Comsefaz sobre diesel

    À CNN, Décio Padilha, secretário da fazenda de Pernambuco, defendeu a conta da equalização como solução rápida para alta de combustíveis

    Elis FrancoFelipe Romeroda CNN

    O presidente do Comsefaz, Décio Padilha, defendeu em entrevista à CNN que o Governo Federal adote a “conta da equalização” para minimizar os efeitos internacionais da crise do petróleo e do real desvalorizado. “Não se resolve problema conjuntural com solução estrutural, que é mexer em tributo”, afirmou.

    “Enquanto durar a guerra, deve utilizar a conta de equalização, através de um pedaço dos dividendos que a Petrobras paga ao Governo Federal. Não tem nenhuma intervenção na Petrobras“, explica.

    “O governo recebeu R$ 17 bilhões de dividendos só em três meses deste ano, no ano passado recebeu quase R$ 40 bilhões, é pegar um pedaço disso e fazer a conta de equalização”, defendeu.

    Padilha argumenta que é preciso sentar à mesa e debater de maneira técnica o assunto.

    “Vários países aplicam essa conta da equalização, é justamente para períodos de adversidade conjuntural feito esse, uma solução episódica enquanto durar a guerra”, defende.

    “Temos mais de 300 técnicos no Comitê para contribuir, e a equalização é o que se faz em todo o mundo, por que não podemos fazer no Brasil?”, questiona.

    O presidente do comitê que reúne secretários de Fazenda de todas as unidades da Federação criticou o discurso do Governo Federal sobre a redução de impostos.

    “É ano eleitoral e a guerra de narrativas está circulando para um assunto que deveria ter um tratamento técnico”, avalia.

    “O ICMS estadual está congelado há quase 6 meses. E apenas de janeiro a maio deste ano a Petrobras aumentou em 47% o diesel, com o ICMS congelado desde novembro”, argumenta.

    Disputa judicial entre estados e União

    Décio Padilha explicou que o Comsefaz irá recorrer da liminar concedida pelo ministro André Mendonça a favor da Advocacia Geral da União (AGU) referente à aplicação da lei da monofasia.

    “Reunimos ontem (14) os 27 secretários do país, concluímos uma nota técnica, que será a base da defesa jurídica no STF”, revelou. “Iremos provar que cumprimos a monofasia, respeitando o peso proporcional que a lei previa”, afirmou.

    “Há uma confusão técnico-jurídica de que a gente colocou 27 alíquotas, quando na verdade é uma única alíquota com 27 descontos através de benefício fiscal, por equalização de carga, que inclusive a lei expressamente prevê”, explica.

    “Se não fizéssemos isso, a alíquota de um real seria mais alta em vários estados que praticam R$ 0,75 ou R$ 0,80”, concluiu Padilha.