‘Não podemos ter favoritismo partidário’, diz deputado do PSDB sobre José Serra
O deputado federal Pedro Cunha Lima ainda falou sobre a expectativa da votação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb)
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) falou à CNN, nesta terça-feira (21), sobre a operação da Polícia Federal que mirou o senador José Serra (PSDB) nesta terça-feira (21). Serra é investigado por suspeita de caixa 2 durante a campanha dele ao Senado, em 2014. Há indícios de que ele teria recebido cerca de R$ 5 milhões em doações eleitorais não contabilizadas.
Cunha Lima afirmou que “tem respeito a Serra e à trajetória dele”, mas que isso “não faz mudar uma compreensão jurídica de que ninguém pode estar acima da lei”.
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“Tenho a exata dimensão do sentimento no país que existe hoje, que não aguenta mais essa impunidade que se arrasta do ponto de vista histórico, então tudo tem que ser fiscalizado e investigado, estando no partido ao qual eu pertenço ou não”, disse ele, que ainda defendeu o fim do foro privilegiado e rechaçou possibilidade de “favoritismo partidário”.
“Não podemos ter favoritismo partidário no instante em que chega alguma investigação de algum filiado da nossa legenda”, pontuou. “Então defendo, com o mesmo rigor, que haja a investigação, que seja permitido o direito à defesa, e isso vale para quem pertence a outros partidos também. Que tenhamos um desfecho, seja pela absolvição ou punição”, concluiu.
Fundeb
Presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) falou à CNN, nesta terça-feira (21), sobre a expectativa da votação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o principal fundo de financiamento da educação básica do país, na Casa.
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O parlamentar afirmou que são “fundamentais” as mudanças que estão sendo discutidas e propostas para o Fundeb e avaliou que trata-se possivelmente “da semana mais decisiva em termos de alteração na educação pública do nosso país”.
Ele ainda classificou que o Brasil “tem um desenho federativo cruel, porque distancia o governo federal, que é ente que mais arrecada, da educação básica”.
“Então, a federação brasileira faz algo como começar a construir uma casa pelo teto. Falta uma fundação. E o Fundeb traz essa correção. É o novo pacto federativo na educação, que é muito negligenciada até hoje”, afirmou Lima.
De acordo com o colunista de política Igor Gadelha, da CNN, o Palácio do Planalto e líderes partidários da Câmara avançaram na negociação sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Fundeb e concordaram em aumentar de 10% para 12% a complementação da União ao fundo que banca a educação básica no Brasil, já a partir do próximo ano.