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    ‘Não li’, diz Mourão sobre inquérito da PF; senadores da oposição evitam assunto em coletiva

    Relatório de 884 páginas da PF foi enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Procuradoria-Geral da República (PGR)

    Luciana Amaralda CNN , Brasília

    Vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro (PL), o atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou não ter lido ainda o relatório da Polícia Federal (PF) em relação ao inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no final da gestão passada.

    O relatório de 884 páginas da PF foi enviado nesta terça-feira (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Procuradoria-Geral da República (PGR). A Polícia Federal concluiu que Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” dos atos realizados por uma organização criminosa que buscou dar um golpe de Estado no Brasil. A corporação indiciou no caso o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas. Mourão não está entre os indiciados.

    “Não li, não li. Quando eu tiver lido, aí você pode me perguntar, tá bom?”, declarou.

    Nesta terça, senadores da oposição fizeram uma coletiva à imprensa junto a um emissário de Corina Maria Machado, opositora a Nicolás Maduro na Venezuela. Indagados pela CNN sobre o inquérito da Polícia Federal e as conclusões da investigação, ninguém quis responder sobre o assunto.

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, por sua vez, disse que a defesa do pai se pronunciaria.

    O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), quando questionado sobre a quebra do sigilo e o inquérito fora da coletiva, fez críticas ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte.

    “Defendemos a transparência desde o início, mas nós não acreditamos na imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes. O ministro Alexandre de Moraes deveria ser afastado desse inquérito. Há uma suspeição objetiva. Não é possível que as coisas continuem dessa forma. Esperamos que, de fato, haja transparência, celeridade, que as coisas se esclareçam, mas com um juiz imparcial”, afirmou.

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