Não estamos indo para uma guerra, e sim para as eleições, diz Anderson Torres
Na última quinta-feira, o TSE proibiu o transporte de armas e munições por CACs durante as eleições
O ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou neste sábado (1º) que a proibição do transporte de armas e munições durante o primeiro turno da eleição “é uma regra muito difícil de ser cumprida”.
Perguntado sobre a possibilidade de confrontos, o ministro disse que é uma situação que não tem como ser prevista. Anderson Torres, no entanto, ressaltou: “Não estamos para uma guerra, nós estamos indo para uma eleição.”
“Acho antes de fazer regras, a gente tem que ter muito cuidado e criar dificuldades. Imagine cumprir isso nessa quantidade de urnas que eu lhe falei, mais de 90 mil pontos de votação. Mas enfim, estaremos atentos a isso e como eu disse o que nos interessa é fazer uma eleição segura no nosso país”, disse.
Na última quinta-feira (29), por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu a proibição do transporte de armas e munições em todo o território nacional por parte de caçadores, colecionadores e atiradores no próximo domingo (2), dia de votação.
Esta restrição começa a valer 24 horas antes das eleições e termina após 24 horas da votação. A decisão deverá ser comunicada às polícias e aos Tribunais Regionais Eleitorais.
No fim de agosto, o Tribunal proibiu, por unanimidade, o porte de armas de fogo nos dias das eleições deste ano nos colégios eleitorais e em um raio de 100 metros das seções eleitorais. Esta restrição começa a valer 48 horas antes das eleições e termina após 24 horas da votação.
Centro de Comando
A declaração de Torres foi dada em entrevista coletiva entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICCN). Segundo o ministro, 500 mil agentes de segurança, entre policiais civis, militares e federais estarão vão garantir a tranquilidade das eleições.
A iniciativa é parte da Operação Eleições 2022, com início desde segunda-feira (26) sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MISP) por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi).
Para garantir a segurança aos cidadãos, eleitores e servidores da Justiça Eleitoral em locais de votação e de apuração dos votos, ruas e estações de transporte, representantes institucionais das 27 unidades federativas e 10 instituições vão monitorar, diretamente do Centro Integrado de Comando e Controle (CICCN) na capital federal, o trabalho dos agentes de segurança pública em todo o país.
Ainda de acordo com o ministério, desde agosto cerca de R$ 3 milhões foram apreendidos em casos de suspeita de crime eleitoral.