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    Eleições 2022

    Nada contra Michelle Bolsonaro fazer campanha, mas faça dentro da lei, diz Tebet

    Decisão do TSE que retira propaganda da primeira-dama do ar irritou a campanha de Bolsonaro, que avalia fazer novas gravações ou editar os vídeos de Michelle

    Basília Rodriguesda CNN , em Brasília

    A decisão da justiça eleitoral contra a participação de Michelle Bolsonaro em mais de 25% do tempo da propaganda eleitoral impôs um desafio à campanha do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que já havia preparado outras inserções com a primeira-dama para atrair votos do público feminino.

    A decisão irritou a campanha de Bolsonaro que avalia editar vídeos que já estavam prontos ou fazer novas gravações com Michelle em tempo menor.

    A avaliação da campanha é de que não se pode perder a imagem de Michelle, independentemente de recursos na justiça.

    A mudança veio após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acolheu um pedido da candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) contra a propaganda em que Michelle aparece mais do que Bolsonaro, apesar de não ser candidata.

    “Nada contra a primeira dama fazer campanha, mas faça dentro da lei”, afirmou Tebet à CNN após a decisão.

    A ministra do TSE Maria Cláudia Bucchianeri entendeu que imagem de Michelle não pode “ser equiparada à de mera apresentadora, ou seja, de pessoa que se limita a emprestar sua voz e imagem, sem, no entanto, qualquer aptidão de transferência de prestígio ou atributos a um dos candidatos em disputa”.

    Jair Bolsonaro e Michelle / Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

    A Corte Eleitoral aplicou na campanha de Bolsonaro a mesma proibição eleitoral que impediu a participação em demasia da imagem de Lula na propaganda eleitoral do PT, com o então presidenciável Fernando Haddad, nas eleições de 2018.

    Naquela ocasião, apesar de impossibilitado de concorrer à presidência da República, Lula teve a imagem veiculada em diversas peças de Haddad.

    Na ocasião, o TSE também compreendeu que o ex-presidente não poderia aparecer em tempo superior a 25% da propaganda eleitoral porque não era candidato.

    Procurada pela CNN, a primeira-dama não irá se manifestar sobre a decisão.

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