Na reta final, aliados de Bolsonaro orientam explorar crimes da Lava Jato
Diagnóstico de uma ala política do QG bolsonarista
O diagnóstico de uma ala política do QG bolsonarista é que a estratégia do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmando ser inocente nos processos de corrupção da Lava Jato, tem dado certo e por conta disso, nessa reta final de campanha de Jair Bolsonaro (PL), a discussão seja mais canalizada nos crimes levantados durante a força-tarefa.
Eles querem mostrar para o eleitorado que as pessoas poderão eleger para o poder, políticos que foram condenados na Operação Lava Jato. ideia é dobrar a aposta em relação a esse tema porque os estrategistas dessa ala avaliam que a conduta errática de Lula no primeiro debate na TV, quando questionado sobre o assunto por Bolsonaro, teve efeito positivo para o QG bolsonarista.
O entendimento é da importância de bater na tecla de que anulação das condenações não significa absolvição das condenações. A leitura interna é que isso precisa ficar mais claro na campanha e no discurso de Bolsonaro e seus aliados.
Diante desse diagnóstico, a ala política acredita que essa pode ser uma das saídas para tentar converter votos, inclusive da classe D, que é muito sensível às questões econômicas, mas que não estão lembrando dos processos de corrupção do governo do PT.
A visão é que se Bolsonaro voltar a relembrar os crimes da operação Lava Jato, Lula deixará de aparecer para esse público como um político absolvido. A percepção ainda é que nessa toada, Bolsonaro também reforça aproximação da campanha com o eleitorado lavajatista, que apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018, mas hoje pode estar dividido, sobretudo após a saída do ex-juiz Sergio Moro da disputa. Moro agora disputa uma vaga ao Senado pelo União Brasil, no Paraná.