Na quarta tentativa de ser presidente, Ciro Gomes tem sua votação mais baixa
Com 3% dos votos, candidato do PDT fica em quarto lugar na corrida pelo Planalto
Na quarta vez em que tentou chegar ao comando do Palácio do Planalto, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) obteve o pior desempenho de suas participações. Ele ficou em quarto lugar, com 3,5 milhões de votos, o que representa 3% dos votos válidos.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno.
Neste ano, Ciro Gomes perdeu pela primeira vez no Ceará, onde construiu sua trajetória política – foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza e governador do estado antes de assumir o Ministério da Fazenda no governo de Itamar Franco, em 1994, quando era filiado ao PSDB.
Ele concorreu à Presidência pela primeira vez em 1998 pelo PPS, atual Cidadania. Na ocasião, Ciro tinha como vice Roberto Freire (PPS) e uma coligação com PAN (atualmente extinto) e PL, partido atual de Bolsonaro.
O ex-ministro ficou em terceiro lugar, com 10,97% dos votos válidos, o que representou mais de 7,4 milhões, ficando atrás de Lula e do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que se reelegeu no primeiro turno.
Quatro anos depois voltou a disputar o Palácio do Planalto pelo PPS, desta vez em coligação com o PTB e o PDT.
Em uma chapa que tinha Paulinho da Força, então no PDT, como vice, acabou em quarto lugar, atrás de Lula, José Serra (PSDB), que foram ao segundo turno, e de Anthony Garotinho, então no PSB.
Ciro recebeu 10,1 milhões de votos, o que representou 11,97% dos votos válidos. No segundo turno, declarou apoio à candidatura de Lula. No governo petista, comandou o Ministério da Integração Nacional, no qual permaneceu até 2006, quando foi eleito deputado federal.
Os percentuais de votação de Ciro na disputa pela Presidência
- 1998: 10,97%
- 2002: 11,97%
- 2018: 12,47%
- 2022: 3,05%
Em sua terceira tentativa de se tornar presidente, Ciro já estava no PDT e contava com o apoio do Avante. A candidata a vice era a senadora Kátia Abreu, então no PDT.
Assim como em 1998, ficou em 3º lugar, mas com um percentual maior de votação. Ele obteve 12,47% dos votos válidos na época, o que ultrapassou os 13,3 milhões de votos, o que se tornou seu melhor desempenho.
Em 2022, Ciro não conseguiu fechar alianças, o que resultou na formação de uma chapa “puro sangue” com Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador.
O pedetista manteve o terceiro lugar nas pesquisas durante boa parte da campanha eleitoral, mas perdeu apoio e aparecia em empate técnico com Simone Tebet (MDB) na reta final.
Neste domingo (2), ficou atrás da emedebista, que obteve 4,1% dos votos válidos.