Na penúltima aparição na TV, Lula e Bolsonaro destacam escândalos de corrupção
Ciro Gomes e Simone Tebet voltaram a criticar polarização entre os dois candidatos que lideram as pesquisas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) trocaram acusações de corrupção nesta terça-feira (27), no penúltimo dia de propaganda eleitoral gratuita na televisão antes do primeiro turno. Os dois têm os melhores desempenhos no agregador de pesquisas Locomotiva/CNN.
A peça eleitoral do petista traz críticas a membros e ex-membros do governo Bolsonaro, como Milton Ribeiro. O ex-ministro da Educação chegou a ser preso em junho em operação da Polícia Federal que investigou tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao MEC.
A propaganda ainda faz aceno a setores cristãos. São apresentadas cenas de Lula apreciando quadros religiosos e um encontro do ex-presidente com o Papa Francisco.
A propaganda de Bolsonaro também cita escândalos de corrupção de seu principal adversário. A peça afirma que, apesar de livre, Lula nunca foi inocentado pela Justiça.
Uma animação detalha o processo investigativo ao qual o ex-presidente foi submetido. Bolsonaro não aparece ou discursa na propaganda.
Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar a polarização entre Lula e Bolsonaro. “Domingo é o grande dia. Enquanto Lula e Bolsonaro ficam discutindo qual dos dois é o mais corrupto, eu e Ana Paula vamos seguir em frente apresentando as nossas propostas para tirar o Brasil dessa roubada”, disse o pedetista.
Simone Tebet (MDB) também utilizou seu tempo para rejeitar a divisão entre os candidatos que lideram as pesquisas de intenções de voto. “Esta não pode ser uma eleição do medo. Esta não pode e não vai ser a eleição onde eu voto em A porque eu não quero B ou não voto em A porque não quero B”, disse.
A propaganda de Soraya Thronicke (União Brasil) a menciona como “a maior revelação” do debate da CNN. Foram relembradas frases ditas pela candidata na ocasião e que viralizaram como “não cutuque a onça com a sua vara curta”, direcionada a Bolsonaro.
Felipe D’Avila (Novo) também usou seu tempo para criticar a divisão entre Lula e Bolsonaro. A peça apresenta eleitores que reiteram sua fala.
Em sua propaganda, Padre Kelmon (PTB) pede votos aos candidatos de seu partido e volta a defender valores religiosos. “Nós somos uma nação cristã. Não somos uma nação escrava das ideologias socialistas e comunistas”, disse.
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