Na Câmara, 87% dos deputados vão tentar a reeleição
No Senado Federal, 45% dos parlamentares buscam se manter no cargo
Se ainda é incerto que a eleição presidencial acabe já no próximo domingo (2), os nomes que ocuparão as cadeiras do Congresso Nacional, por sua vez, já serão conhecidos após às 17h. E, ao que tudo indica, teremos a menor renovação de nomes na história do parlamento brasileiro.
O número de candidatos à reeleição está acima da média dos últimos pleitos. Na Câmara, 87% dos atuais deputados vão tentar a reeleição. Já no Senado, em que 27 parlamentares estão em final de mandato, 45% buscam se manter no cargo.
Conforme dois levantamentos, os partidos que hoje possuem as maiores bancadas tendem a ampliar seu espaço no parlamento. O PL, que tem 77 deputados, pode chegar a 81 cadeiras. Já a federação que une PT/PCdoB/PV, tem a estimativa de contar até com 77 vagas.
Dois motivos explicam esse aumento. Primeiro, a necessidade de sobrevivência dos partidos, que precisam atingir a cláusula de desemprenho para ter direito aos fundos partidário e eleitoral, bem como acesso ao tempo de rádio e TV.
Segundo, a mudança na distribuição das sobras eleitorais. As vagas que não são preenchidas pelos critérios de proporcionalidade. Agora, os candidatos precisam obter ao menos 20% do quociente eleitoral e os partidos tem de alcançar um mínimo de 80% desse total para garantir a eleição dos candidatos.
Assim, o eventual insucesso de candidatos à reeleição tende a ser decorrente do baixo desempenho de seus partidos, especialmente os pequenos e médios, e não por conta dos desempenhos individuais nas urnas.