Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Muitos países do G20 se posicionaram contrários à operação de Israel em Rafah, diz Mauro Vieira

    Ministro das Relações Exteriores discursou nesta quinta-feira (22), após dois dias de reunião de chanceleres do grupo no Rio de Janeiro

    Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no Rio de Janeiro
    Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no Rio de Janeiro 22/02/2024 - Reuters/Ricardo Moraes

    Renata Souzada CNN

    São Paulo

    No encerramento da reunião do G20 no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (22), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a preocupação dos países-membros do grupo com o conflito na Palestina e afirmou que muitos deles se posicionaram contrários à eventual operação de Israel em Rafah.

    “Muitos se posicionaram contrariamente à anunciada operação de Israel em Rafah, pedindo que o governo de Israel reconsidere e suspenda imediatamente essa decisão”, declarou.

    No início do mês, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que uma operação das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Rafah deve ser concluída até o início do Ramadã, em 10 de março, segundo uma autoridade israelense.

    O local é um dos principais pontos de concentração da população que se deslocou internamente na Faixa de Gaza desde o início do confronto.

    “Destacou-se, ademais, virtual unanimidade no apoio à solução de dois Estados como sendo a única solução possível para o conflito entre Israel e Palestina”, acrescentou o chanceler brasileiro durante o discurso.

    Os chanceleres dos países que integram o G20 se reuniram durante a tarde de ontem (21) e manhã de hoje. Na primeira sessão, o foco, segundo Vieira, foi discutir questões envolvendo as tensões internacionais. No encontro de hoje, os representantes trataram da reforma da governança global.

    “Todos concordaram quanto ao fato de que as principais instituições multilaterais — ONU, Organização Mundial do Comércio, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, entre outras — precisam de reforma para se adaptarem aos desafios do mundo atual”, acrescentou.

    O ministro afirmou ainda que a proposta brasileira de que uma reunião extra seja realizada ainda neste ano foi aceita. O novo encontro de chanceleres do grupo deve ocorrer em setembro.