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    MPF vai investigar Kwai por suspeita de criação de conteúdos falsos

    Segundo o Ministério Público, há indícios de que postagens no aplicativo tenham informações inverídicas e apelativas sendo produzidas pela própria plataforma

    João Rosada CNN , Brasília

    O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação contra a rede social Kwai no Brasil por suspeitas de que a plataforma, de origem chinesa, esteja promovendo conteúdos e perfis falsos para impulsionar visualizações e o engajamento de seguidores.

    Segundo o MPF, há indícios de que as publicações no aplicativo tenham informações inverídicas e apelativas sendo produzidas pelo próprio Kwai ou por empresas de publicidade contratadas pela plataforma sem identificação de sua origem.

    O inquérito foi aberto após o MPF receber uma denúncia anônima pelo canal institucional de atendimento aos cidadãos. Segundo a nota divulgada pelo órgão, as informações recebidas coincidem com notícias veiculadas recentemente na imprensa sobre a estratégia que o Kwai estaria adotando no Brasil.

    “Os relatos apontam para práticas possivelmente abusivas da plataforma, com potencial de configurar violação dos direitos fundamentais à informação qualificada e à segurança nas relações de consumo, além de eventualmente abalar a confiança da sociedade no processo democrático”, afirmou o Ministério Público.

    Segundo o MPF, a investigação terá três frentes:

    • A suposta criação de perfis falsos de órgãos e autoridades públicas brasileiras no Kwai, como se fossem páginas oficiais;
    • A produção e circulação de notícias falsas na rede social, sobretudo durante a eleição de 2022, com a finalidade de aumentar audiência;
    • A veiculação de vídeos contendo atos de violência contra mulheres e exposição indevida de crianças e adolescentes.

    Segundo a nota, o MPF expediu ofícios cobrando informações da Joyo Tecnologia Brasil Ltda – representante do Kwai no país – e das empresas de publicidade que supostamente teriam produzido conteúdos desinformativos ou apelativos a serviço da plataforma desde 2022.

    A CNN procurou a Kwai para se manifestar sobre as denúncias, mas até o momento não obteve resposta.

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