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    MP-RJ troca comando da investigação do caso Marielle e das ‘rachadinhas’

    Crime envolvendo a morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes completa 3 anos no dia 14 de março

    Vereadora Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro em imagem de arquivo de 2017.
    Vereadora Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro em imagem de arquivo de 2017. Foto: Renan Olaz - 08.mar.2017/CMRJ

    Leandro Resendeda CNN

    O novo procurador-geral de Justiça  do Rio, Luciano Mattos, trocou o comando de duas das principais investigações tocadas pelo Ministério Público do estado, como o caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos em março de 2018, e a apuração dos esquemas de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

    A promotora Simone Sibilio, que comandava a investigação do caso Marielle e coordenava o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deixa a apuração sobre o duplo homicídio após 29 meses. No período, o MP e a Polícia Civil chegaram os dois supostos responsáveis pelo crime, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que devem ser julgados neste ano. O crime completa 3 anos no dia 14 de março e ainda não se sabe se alguém mandou matar a vereadora. Além disso, o Gaeco avançou sobre as milícias no Rio de Janeiro, sobretudo a de Rio das Pedras, a mais antiga em atuação no país.

     

    O Grupo de Atuação Especializado ao Combate à Corrupção (Gaecc) também sofreu mudanças. Apenas dois membros seguem fazendo parte do colegiado de promotores que, entre outras investigações, comandou toda a apuração da suspeita de “rachadinhas” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. Foi o grupo coordenado pela promotora Patrícia Vilella que pediu, por exemplo, a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro do esquema. Flávio foi denunciado em novembro do ano passado, e há expectativa para que o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) analise se ele se tornará réu ou não ainda no segundo semestre deste ano. O Gaecc está à frente, ainda, das outras apurações sobre esquema de desvio de dinheiro público nos gabinetes de outros deputados estaduais no Rio.

    O senador Flávio Bolsonaro
    O senador Flávio Bolsonaro durante discurso no Congresso
    Foto: Pedro França/Agência Senado (19.fev.2019)

    O MP criou uma comissão para auxiliar o novo procurador-geral na reestruturação dos grupos de atuação especializada, e a decisão sobre a continuidade e o comando deles está prevista para o mês que vem.