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    MP de Contas vai pedir que TCU conclua apuração de dados do cartão corporativo do governo Bolsonaro

    Assim como a Câmara dos Deputados pediu ao Tribunal de Contas da União para fazer uma auditoria no cartão corporativo de Lula, Ministério Público de Contas quer dados do governo anterior

    Ex-presidente Jair Bolsonaro
    Ex-presidente Jair Bolsonaro REUTERS/Marco Bello

    Basília Rodriguesda CNN

    Em Brasília

    O subprocurador-geral de contas, Lucas Furtado, informou à CNN nesta segunda-feira (19) que irá pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) a conclusão do levantamento de gastos com cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Segundo ele, sob o argumento de impessoalidade, o pedido é para que os dados sejam entregues dentro do mesmo levantamento que o TCU fará sobre as despesas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no atual mandato.

    “Para que não caracterize violação da impessoalidade, vou pedir para incluir período do governo anterior”, afirmou o chefe do Ministério Público de Contas depois de tomar conhecimento de que o TCU recebeu solicitação da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara para apurar as despesas do atual governo.

    No caso de Lula, o pedido foi apresentado pelo deputado de oposição Kim Kataguiri (União-SP).

    Ele alega que, nos primeiros três meses de gestão de Lula, a Presidência da República gastou cerca de R$ 2,5 milhões com cartão corporativo.

    Em fevereiro deste ano, o TCU recebeu pedido da mesma comissão, proposto pelo deputado governista Elias Vaz (PSB-GO), para apurar os gastos com cartão corporativo de Bolsonaro durante o período eleitoral do ano passado.

    Na ocasião, o parlamentar denunciou que o ex-presidente teria dobrado o uso do cartão durante os três meses da campanha eleitoral, alcançando a marca de R$ 9 milhões.

    O TCU ficou responsável por apurar o período entre agosto e outubro de 2022. “Ainda não concluiu”, informou à CNN o subprocurador-geral de contas.

    O Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) é popularmente conhecido como cartão corporativo e funciona como um cartão de crédito em que as transações ficam registradas eletronicamente.

    O servidor público com acesso ao cartão pode utilizar durante viagens para compras de pequeno valor e também para outros gastos dentro de limites e regras específicas.

    Procurado, pela CNN, o ex-presidente não se manifestou.