Movimentos pequenos podem definir se eleição termina no 1º turno, diz professor
Rafael Cortez, cientista político e professor da FGV-SP, disse à CNN que candidatos devem focar no "calcanhar de aquiles" dos opositores
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (15), Rafael Cortez, cientista político e professor da FGV-SP, disse que movimentos pequenos durante as campanhas podem definir se a eleição presidencial terminará ainda no primeiro turno.
“Teremos pequenos movimentos que podem valer muito […] que podem estar definindo se essa eleição se encerra no primeiro turno ou vamos para o segundo”, disse.
De acordo com o Cortez, as campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) devem focar em eleitores indecisos e aqueles que estão cansados da “polarização”.
“Cada um vai atrás do calcanhar de Aquiles das suas respectivas campanhas. Vão tentar tirar um pouco de votos daqueles territórios que estão associados ao adversário, o PT no Sul e o Bolsonaro no Nordeste”, afirmou.
Ainda segundo o professor, “os dois candidatos têm uma imagem muito consolidada, com a opinião [pública] muito formada”. “Isso atrapalha em trazer um fato novo.”
Ele avalia que isso cria uma dificuldade dos candidatos em conversar com determinada parte do eleitorado.
“Acho que é por isso que essas campanhas têm uma dificuldade em gerar uma mensagem que, de fato, consiga romper um pouco essas limitações que a gente enxerga — a reeleição entre mulheres [quando se fala em Bolsonaro] e entre os evangélicos [quando se fala de PT]”, disse Cortez.