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    Mourão diz que Bolsonaro tem que levantar a cabeça e defende que presidente entregue faixa a Lula

    Em entrevista à CNN, o vice-presidente e senador eleito, Hamilton Mourão, disse que "não compete" a ele entregar a faixa presidencial, e que não acredita no risco de violência por parte dos manifestantes que não aceitam a vitória de Lula (PT)

    Fernanda PinottiGustavo Uribeda CNN

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (7), o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria “estufar o peito, erguer a cabeça, e se mostrar como líder da oposição” ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Mourão defendeu que Bolsonaro entregue a faixa presidencial para Lula pessoalmente, e deixe claro que continuará atuando como oposição, atento às atitudes do novo governo. “Não compete a mim entregar a faixa. Se for para entregá-la dobrada, outra pessoa que o faça”, disse o vice-presidente.

    Quando questionado sobre os manifestantes contrários à vitória de Lula (PT) que seguem nas ruas, Mourão disse que este movimento é “pacífico e ordeiro”, com casos esporádicos como os bloqueios nas rodovias, que foram solucionados rapidamente. “Na minha avaliação de risco, não deve ocorrer nenhum tipo de violência. Protestos vão continuar acontecendo, isso faz parte do jogo democrático.”

    Ele disse que entende a frustração dessas pessoas e tem tentado explicar aos manifestantes que a derrota nas eleições faz parte do jogo político. “O erro no processo ocorreu lá atrás, quando a Suprema Corte anulou os processos do presidente Lula e colocou ele de volta no jogo”, declarou.

    Mourão defende que a oposição ao novo governo se mantenha unida e responsável, “lutando com as armas que nós temos: as bancadas eleitas no Congresso nacional.”

    Crise política no Peru

    Questionado sobre a tentativa de golpe frustrada do ex-presidente peruano Pedro Castillo, que sofreu impeachment e acabou detido nesta quarta-feira (7), Mourão disse que já previa um governo difícil logo após a eleição de Castillo.

    “Ele não tinha maioria no Congresso, era uma pessoa humilde, e o Peru é um país com um passado político complicado.” Mesmo assim, ele ressaltou que “apesar da instabilidade política, o Peru mantém uma estabilidade econômica”.

    Veja a íntegra no vídeo acima.