Motta deve consolidar apoio de mais quatro siglas; PSD avalia cenário
Líder do Republicanos deve receber apoio formal do PSDB, Cidadania, PSB e PDT nesta terça-feira (5)
Candidato favorito na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) deve receber, nesta terça-feira (5), o apoio de mais quatro siglas: PSB, PDT e a federação partidária formada por PSDB e Cidadania.
Juntas, as bancadas somam 49 deputados. O congressista já tem o apoio de oito partidos: PP, Podemos, PL, MDB, PT, PV, PCdoB e do próprio Republicanos. Motta tem ainda, com ele, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Somadas, todas as bancadas que já anunciaram apoio, e as que devem confirmar o endosso nesta terça-feira, representam 374 deputados. O voto, no entanto, é secreto e individual.
O apoio formal das bancadas não assegura automaticamente a adesão dos respectivos integrantes. Para vencer, o candidato à sucessão de Lira precisa de pelo menos 257 votos.
Em outra frente da disputa, a bancada do PSD se reúne nesta tarde para debater o cenário do próximo ano. Como a CNN mostrou, por enquanto, o partido mantém a candidatura do líder da sigla na Casa, deputado Antonio Brito (BA).
No fim de semana, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, teve reuniões para debater o tema. Segundo ele, há uma “frustração” no partido em relação ao apoio do PT e do MDB a Motta.
Por ser da base aliada do governo, a legenda esperava contar com o endosso do PT à candidatura de Antonio Brito. A decisão da sigla travou qualquer chance competitiva do PSD, já que é a segunda maior bancada da Casa.
Também está em compasso de espera, ao menos formalmente, a definição do apoio do União Brasil, que já havia sinalizado a composição com Motta, mas adiou o anúncio e deu tempo ao deputado Elmar Nascimento (BA) para articulação. A bancada também terá reunião nesta tarde.
Líder do maior bloco da Casa, com 161 deputados, Elmar era o preferido na disputa, mas viu o nome de Motta ganhar força e protagonismo nos últimos meses. Por ora, o deputado do União Brasil mantém a candidatura, mas já negocia cargos em troca do apoio ao concorrente.
As eleições internas no Congresso serão realizadas em fevereiro do próximo ano, mas as definições de apoio costumam ser antecipadas e envolvem a divisão de cargos da Mesa Diretora, de comissões e as relatorias do Orçamento.