Moraes manda diretor de presídio tomar providências para atestar estado de saúde de Jefferson
Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra a transferência imediata do ex-deputado Roberto Jefferson
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou o diretor da unidade prisional onde está o ex-deputado federal Roberto Jefferson, em 48 horas, adotar providências necessárias para que o hospital penitenciário ateste o estado de saúde do ex-parlamentar.
“Notadamente no que diz respeito à elaboração imediata de laudo médico que aponte a capacidade ou não do hospital penitenciário tratar o paciente e realizar exames imprescindíveis diante do atual estado de saúde”, afirmou o ministro.
Na semana passada, o ex-deputado federal pediu ao ministro a transferência dele, atualmente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, para o Hospital Samaritano da Barra, na Barra da Tijuca.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou no último sábado (19) contra a transferência imediata.
Segundo a defesa, a unidade hospitalar tem condições para fazer os exames necessários e oferecer tratamento médico completo e adequado, sob pena de agravamento irreversível do seu estado de saúde, que poderá resultar em risco de morte.
A defesa disse ainda que o sistema não possui condições de tratar o quadro de saúde complexo do ex-parlamentar, e é necessário que seja adotada uma medida de urgência para preservar a sua vida.
“É inequívoco a existência de grave risco de o requerente morrer, caso seja mantido no estabelecimento prisional, eis que a Seap já afirmou não possuir condições adequadas para manter a estabilização da sua saúde”, afirmou a defesa.
Em outubro, além da prisão determinada por medida do Supremo, Roberto Jefferson também teve uma nova prisão em flagrante determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, por suspeita de tentativa de homicídio dos dois policiais federais como reação à ordem de prisão anterior.