Moraes tranca investigação sobre delegado da PF afastado de inquérito
Felipe Leal foi afastado no inquérito que apura possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal para beneficiar aliados e familiares
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira (18), o trancamento de uma apuração do Ministério Público Federal (MPF) sobre a conduta do delegado Felipe Leal no inquérito que apura possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal para beneficiar aliados e familiares.
Leal foi afastado do caso por determinação de Moraes após pedir informações sobre dois atos do atual diretor-geral da PF, o delegado Paulo Maiurino, que levaram à substituição de delegados que atuaram em investigações sobre o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.
Os pedidos de informações feitos por Leal foram anulados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF.
Após a decisão de Moraes, a Procuradoria da República no DF pediu ao STF o compartilhamento de informações para analisar a conduta de Leal.
“Diante do exposto, ausente a necessária justa causa para a investigação, indefiro o requerimento de compartilhamento destes autos formulado pela Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) e determino o imediato trancamento da investigação iniciada pela notícia de fato nº 1.16.000.002648/2021-38, na PR-DF, tanto em relação a eventual ato de improbidade administrativa, quanto em relação a crime de abuso de autoridade”, decidiu Moraes.