Moraes deve tratar com Pacheco sobre 7 de Setembro e segurança nas eleições
Primeira semana do ministro à frente do TSE também marca início da tentativa de reaproximação com militares
Teo Curyda CNN , em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes inicia sua gestão à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reunindo-se nesta semana com autoridades da República para aprofundar as relações entre as instituições e buscar a retomada de diálogo com os militares.
Empossado presidente do TSE na última terça-feira (16), Moraes se reúne nesta segunda-feira (22) com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Fontes do TSE ouvidas pela reportagem dizem que o ministro deve tratar no encontro sobre a segurança envolvendo os eventos que marcam o 7 de Setembro e as eleições de outubro, em meio ao aumento da polarização e da crescente preocupação com a possibilidade de atos violentos contra candidatos.
Já o entorno de Pacheco afirma que a reunião também deve abordar a defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro e o trabalho conjunto de combate ao discurso de ódio e à proliferação de notícias falsas no período eleitoral.
Na terça-feira, Moraes recebe o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em seu gabinete do tribunal. O encontro é aguardado e a avaliação é a de que deve marcar o distensionamento entre o tribunal e os militares e a tentativa de restabelecer as relações entre a cúpula da Justiça Eleitoral e as Forças Armadas.
A reunião é uma visita de cortesia, mas, como informou mais cedo o analista de política da CNN Gustavo Uribe, o ministro Paulo Sérgio deve levar a Moraes demandas dos militares para o aperfeiçoamento da segurança e da transparência do processo eleitoral — tema que tem gerado atrito entre as Forças e o TSE.
Logo após se reunir com o general que chefia o Ministério da Defesa, Moraes tem um encontro marcado em seu gabinete com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Marcio Nunes de Oliveira, e com o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, Caio Rodrigo Pelim.