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    Eleições 2022

    Moraes determina exclusão de posts de Janones que ligam Jefferson a Bolsonaro

    Decisão se refere a afirmação do deputado federal e aliado de Lula de que Roberto Jefferson seria coordenador da campanha do presidente

    Tainá Falcãoda CNN

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou a retirada de conteúdos que relacionam o ex-deputado do PTB, Roberto Jefferson, a Jair Bolsonaro (PL), como um dos coordenares de campanha do presidente.

    A decisão atende a um pedido da Coligação Pelo Bem do Brasil, de Bolsonaro.

    “[Janones] afirma, de forma falsa, irreal e mentirosa, que o Sr. Roberto Jefferson seria o coordenador da campanha para a reeleição do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, bem como que Sua Excelência, o Presidente, teria apoiado os criminosos atos cometidos na data de hoje”, argumenta a defesa.

    Moraes determinou que redes sociais, como Instagram e Twitter, e o próprio deputado André Janones (Avante-MG) removam imediatamente as postagens sob pena de multa diária de R$ 100 mil e que o parlamentar não promova mais manifestações semelhantes também sob risco de multa no mesmo valor.

    O presidente do TSE defende que o as postagens de Janones “se descolam da realidade, por meio de inverdades e suposições para induzir o eleitorado negativamente, a crer que Roberto Jefferson seria o coordenador de campanha de Jair Messias Bolsonaro e que o candidato teria manifestado apoio aos atos criminosos cometidos na data de hoje.”

    Ainda cabe recurso para a decisão.

    Ao justificar o pedido de remoção dos conteúdos ao TSE, a Coligação Pelo Bem do Brasil afirma que as postagens de Janones sobre o assunto são “sabidamente falsas” porque Jefferson “não é, nem nunca foi, sequer informalmente, coordenador da campanha do Presidente Jair Bolsonaro, e, evidentemente, o Presidente nunca manifestou apoio aos atos criminosos cometidos contra a Polícia Federal”.

    À CNN, Janones disse discordar “cabalmente” da decisão de Moraes, “uma vez que a estreita ligação entre Bolsonaro e Jefferson é pública e notória”.

    “Porém, cumprirei essa e todas as decisões que vierem a ser emitidas pela Corte, me limitando a fazer o debate e manifestar minha discordância nos autos do processo e não nas redes sociais, como faz nosso adversário. A decisão da Corte, se por um lado contraria fatos notórios, por outro reafirma o caráter imparcial da mesma, que tem dado decisões muito semelhantes para ambos os lados”, concluiu o deputado reeleito do Avante por MG.

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