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    Molon: Só se surpreende com as concessões ao Centrão quem não conhece Bolsonaro

    Líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon falou à CNN sobre aproximação do governo com o centrão e o crescimento da aprovação ao presidente

    Da CNN, em São Paulo

    O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ), disse à CNN na noite desta sexta-feira (14) que só quem não conhece o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se surpreende com as concessões que ele tem dado aos partidos do chamado Centrão.

    “Quem conhece Bolsonaro não se surpreende. Afinal de contas, ele sempre foi de partidos do Centrão”, declarou. “Ele simulou ser contra o Centrão, representando a nova política apenas na campanha eleitoral”, acrescentou Molon ao dizer que Ricardo Barros (PP-PR), novo líder do governo na Câmara, é do partido do qual o presidente fez parte por “muitos e muitos anos”.

    Sobre a substituição do deputado Vitor Hugo (PSL-GO) por Barros, o parlamentar avalia a situação como o Centrão tomando conta do “coração” do governo federal.

    “Essa nomeação deixa claro que o centrão está ficando cada vez mais forte no governo Bolsonaro”, disse. Especialmente, afirmou ele, alijando uma pessoa ideologicamente mais próxima dele – como é o caso de do deputado Vitor Hugo.

    Cresce aprovação do governo

    Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta sexta, 37% dos brasileiros consideram o governo de Jair Bolsonaro ótimo ou bom, a melhor avaliação desde o início do mandato.

    A rejeição ao presidente – os eleitores que consideram o governo ruim ou péssimo – caiu de 44% para 34%. Para 27% dos entrevistados, a situação é regular.

    Para Molon, a aprovação do presidente deve-se basicamente a dois fatores.

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    Deputado Federal, Alessandro Molon (PSB-RJ), durante entrevista para a CNN (14.a
    Deputado Federal, Alessandro Molon (PSB-RJ), durante entrevista para a CNN (14.ago.2020)
    Foto: CNN Brasil

    “Quando Bolsonaro faz o que o Congresso manda, a aprovação dele sobe. Foi o Congresso que determinou o auxílio emergencial de R$ 600, podendo chegar a R$ 1.200 por família durante a pandemia. O governo queria que fosse R$ 200”, pontuou.

    “Nós insistimos, lutamos e foi aprovado. Naturalmente que a população fica feliz e gosta de receber um apoio financeiro para viver um pouco melhor. Não há nenhuma surpresa nisso”, disse.

    O segundo motivo que fez Bolsonaro saltar na pesquisa, foi o fato, segundo Molon, de o presidente ter ficado calado desde a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

    “Quando [ele] não fala, sua aprovação sobe porque sua incompetência e autoritarismo ficam escondidos”, disse.

    (Edição: Sinara Peixoto)