Molica: Relatório vai ter um viés com muitas críticas ao governo federal

No quadro Liberdade de Opinião deste sábado (16), o jornalista Fernando Molica repercutiu a discussão a respeito do relatório final da CPI da Pandemia, preparado pelo senador Renan Calheiros (MDB – AL) e que está sendo discutido neste fim de semana. O documento será formalmente apresentado na próxima terça-feira (19) e votado pela Comissão Parlamentar de Inquérito na quarta-feira (20). Na avaliação de Molica, por conta da maioria oposicionista na CPI, o texto do relatório terá duras críticas ao governo e a quem a ele estiver associado.

“Certamente este relatório vai ter um viés com muitas críticas ao governo federal. Fala-se da possibilidade de haver 50 pessoas indiciadas. Basicamente pessoas de alguma forma ligadas ao governo federal.”

Ele incluiu empresários e pessoas da iniciativa privada que também foram ouvidas, citadas e que corroboraram o governo federal em suas ações de combate à pandemia. “Pessoas que de alguma forma, de acordo com a CPI, tentaram influenciar o governo federal, tentaram ter vantagens na compra de vacinas.”

O jornalista citou, ainda, o caso da Prevent Senior como um dos possíveis alvos do relatório de Calheiros. “Se estas acusações forem comprovadas, isso vai ser um grande escândalo, talvez o maior escândalo da medicina brasileira.”

Para o jornalista, o documento trará “acusações muito fortes contra o presidente da república, contra [alguns] filhos do presidente e contra ministros do governo”.

“A CPI que começou naquela linha de apurar ações e omissões do governo federal no combate da pandemia, acabou enveredando por outros caminhos. Levantou a questão da compra de vacinas, aquelas suspeitíssimas negociações que envolviam Cabo da PM de Minas, pastor, uma porção de coronel da reserva com eventuais ligações políticas de pessoas ligadas ao governo federal.”

O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Thaméa Danelon. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

(Publicado por Evandro Furoni)