Molica: Grande desafio de Jair Bolsonaro é mudar a avaliação de seu governo
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (13), o comentarista Fernando Molica analisa o resultado da primeira pesquisa eleitoral de 2022
No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (13), o comentarista Fernando Molica analisou o resultado da primeira pesquisa eleitoral de 2022.
A pesquisa Quaest/Genial de intenção de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 divulgada na quarta-feira (12) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança com 45%, contra 23% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Para Molica, o retrato da pesquisa, indicando vitória do ex-presidente Lula em todos os cenários, tem como destaque mais preocupante para Bolsonaro a rejeição de seu governo.
“Neste momento, Lula poderia até ganhar no primeiro turno. O mais preocupante para Bolsonaro é a rejeição, tanto ao nome dele, quanto ao seu governo. Em novembro, 56% consideravam o governo ruim ou péssimo, e esse número caiu para 50%. Mas esse índice de reprovação é muito alto.”
“[Fernando Henrique Cardoso] FHC tinha 20% de reprovação, Lula 29%, Dilma 17%, segundo o Datafolha, que deu 53% a Bolsonaro. Esse é o grande desafio de Bolsonaro, mudar a avaliação de seu governo. 66% dizem que conhecem e não votariam em Bolsonaro, ele tem que diminuir essa reprovação”, completou Molica.
O comentarista disse também que a estratégia de Bolsonaro deve ser semelhante à adotada em 2018, partindo para o embate contra seus adversários.
“Em 2018, Bolsonaro radicalizou ainda mais no segundo turno e se elegeu, porque havia um momento delicado politicamente. Agora ele aposta nisso de novo, com a questão de vacina, Anvisa, ataque a ministros do STF. Ele parte para a briga tentando garantir o eleitor mais fiel, mas vai precisar do eleitor moderado no segundo turno. Bolsonaro acha que no segundo turno vai levantar o ‘espantalho’ antipetista e capitalizar esses votos, vai ao contrário do manual da eleição. É arriscado.”
Mendonça pede esclarecimentos
Em seu primeiro despacho como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça pediu esclarecimentos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), para a Câmara dos Deputados e para o Senado sobre o fundo eleitoral previsto para este ano. O ministro também quer a manifestação da Procuradoria e da Advocacia-Geral da União.
Classe executiva para ministros
O presidente Jair Bolsonaro autorizou que ministros e servidores em cargos de confiança possam viajar na classe executiva em voos internacionais acima de sete horas de duração. A autorização vale para viagens a serviço da União.
Eficácia da Coronavac
Um estudo divulgado pelo Instituto Butantan e obtido com exclusividade pela CNN afirma que a vacina Coronavac tem efetividade de neutralização da variante Ômicron do coronavírus igual ou superior ao imunizante da Pfizer. O Butantan comparou a efetividade em quatro estudos científicos entre as vacinas.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Boris Casoy. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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