Molica: Escolha do vice deve ser mais tranquila para Lula do que para Bolsonaro
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (20), o comentarista Fernando Molica avalia as articulações dos candidatos em busca de um vice-presidente na corrida eleitoral
No Liberdade de Opinião desta quinta-feira (20), Fernando Molica analisou as possibilidades e articulações para a vice-presidência das chapas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral de 2022.
Para Molica, o ex-presidente Lula deve ter uma vida mais fácil na escolha de seu vice-presidente na chapa do que Bolsonaro.
“A situação do Lula é mais tranquila. Vai em busca do Geraldo Alckmin para buscar sinal de confiança, sinalização para o mercado, de não buscar algo radical, de fazer um governo de união nacional”.
“Por mais que Bolsonaro se rendeu a política, ele ainda é o Bolsonaro. E vem a história de confiança pessoal, o que os filhos acham do vice. Tem uma opção política, que é alguém indicado pelo Centrão. Mas será que o Bolsonaro vai querer um vice do Centrão?”, indagou.
“Outra possiblidade é seguir a linha Mourão, fala-se muito no [Walter] Braga Netto [atual ministro da Defesa], que seguiria o perfil militar. Vamos ver se o Centrão não vai exigir um vice vindo desses partidos”, completou Molica
O comentarista avaliou também que o “efeito Michel Temer” deve alterar a forma como os candidatos a Presidência escolhem seu vice.
“O problema é que o vice não tem poder nenhum até o dia que ele tem poder demais, quando vira presidente. Dizem que vice é expectativa de cargo. É sempre uma questão delicada”, afirmou.
“E você tem o efeito Michel Temer. Temer conspirou ativamente para destronar Dilma Rousseff (PT). Depois do caso Michel temer, esse fator vice tem mais delicadeza. Tem que chamar alguém em quem confie. Ideal é alguém de total confiança.”
Novo líder no Senado
O Palácio do Planalto escolheu um novo nome para liderar o governo no Senado Federal. Alexandre Silveira (PSD-MG) foi convidado para a função. Ele irá assumir a vaga deixada por Antonio Anastasia (PSD-MG), que deixou a Casa em dezembro para ser ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Suspensão de reajuste salarial
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que está suspenso o aumento salarial para agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional. O presidente também disse que ainda decidirá se concede ou veta a proposta – e tem até sexta-feira para sancionar o orçamento deste ano.
Fiscalização da vacinação de crianças
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski cobrou que os ministérios públicos estaduais adotem com urgência medidas para fiscalizar pais que não vacinarem os filhos contra a Covid-19. O documento ressalta que as medidas devem ser adotadas conforme a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Boris Casoy. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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