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    Eleições 2022

    Molica: Candidato da terceira via tem que falar aos corações e mentes dos eleitores

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (22), o comentarista analisa as declarações dadas em entrevista exclusiva à CNN pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania)

    Lucas Schroederda CNN Em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (22), o comentarista Fernando Molica analisa as declarações dadas em entrevista exclusiva à CNN pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania).

    Vieira afirmou que a terceira via precisa “romper a bolha” de polarização entre Lula e Bolsonaro para poder unir o Brasil. “É preciso abrir espaço com quem não tem rejeição no início [da disputa eleitoral], e que tem condições de fazer um diálogo com todas as partes”, completou o senador.

    Sobre a federação partidária entre o Cidadania e o PSDB – aprovada no último sábado (19) após reunião entre a cúpula dos partidos –, Vieira disse que algumas regras precisam ser “aprofundadas” antes de definir o nome do candidato que representará essa junção na disputa eleitoral.

    Para Molica, figuras políticas como Ciro Gomes, Sérgio Moro e João Doria têm alta rejeição pois são bem conhecidos pelo público. “A rejeição baixa, no geral, tem a ver com candidatos que não são conhecidos. Ter uma baixa rejeição e não ser conhecido nacionalmente não adianta muito”, disse Molica.

    O comentarista afirma que o principal conselho para os candidatos da chamada terceira via é que eles “cresçam e apareçam”.

    “A ideia do Alessandro Vieira é perfeita, mas o candidato [da terceira via] tem que aparecer, tem que falar aos corações e mentes dos eleitores”, declarou Molica.

    O comentarista ressaltou que “não adianta ficar no discurso de nem Lula nem Bolsonaro”. “Não basta só criticar os outros, é preciso crescer e aparecer. É preciso colocar o time em campo.”

    “O presidente da República é presidente daqueles que votaram nele e daqueles que não votaram nele. Daqueles que gostam dele e daqueles que o odeiam. Não pode ser presidente de apenas uma facção, de apenas um pedaço do Brasil. É fundamental que as pessoas voltem a considerar adversário político como adversário e não como inimigo. Essa talvez seja a principal tarefa do próximo presidente”, concluiu Molica.

    Federação entre PSB e PT

    O Partido Socialista Brasileiro (PSB) vê cada vez mais difícil a possibilidade para um acordo de federação com o Partido dos Trabalhadores (PT).

    A legenda, porém, ainda defende a importância de uma aliança como uma coligação para apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, segundo informações da analista de política da CNN Renata Agostini.

    No Espírito Santo, o PT decidiu lançar a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo do estado para pressionar o PSB, após o atual governador, Renato Casagrande, fazer críticas ao partido e não querer o apoio de Lula.

    Casagrande também se encontrou com o ex-ministro da Justiça e pré-candidato à Presidência, Sergio Moro, um dos principais algozes de Lula.

    Itamaraty faz consultas sobre Rússia

    O Itamaraty consultou os diplomatas em Washington, Moscou, Kiev e Nova York – a sede das Nações Unidas – para coletar informações sobre a tensão na Ucrânia após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconhecer a independência de territórios separatistas na Ucrânia.

    Segundo fontes da diplomacia brasileira que falaram ao analista da CNN Caio Junqueira, o tom, por enquanto, ainda é de cautela.

    A avaliação, porém, é a de que todos os holofotes estarão no conselho de segurança da ONU, onde o Brasil assumiu há pouco tempo uma das vagas rotativas.

    Barroso deixa o TSE

    O mandato do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) termina nesta terça-feira (22). Ele será substituído por Edson Fachin e Alexandre de Moraes assumirá o cargo de vice.

    Em entrevista ao âncora da CNN William Waack, Barroso comentou os limites da liberdade de expressão, um dos principais desafios para o tribunal nas eleições de 2022. “Todos concordamos que defender nazismo, supremacia racial, venda de armas, ataques, isso não é caracterizado como liberdade de expressão. Onde traçar a linha? Nos extremos é fácil. Há um espaço em que, na dúvida, talvez se deva deixar circular a informação”, afirmou.

    “Mas onde existam campanhas orquestradas… porque o pior não é uma declaração falsa. O problema nas mídias sociais são os comportamentos coordenados inautênticos em que você amplifica aquela mentira com robôs, com mercenários, com pessoas que monetizam mentira, com perfis falsos. Portanto, o grande enfrentamento às notícias fraudulentas deve se dar mais pelo controle de comportamentos inautênticos do que pelo controle de conteúdo.”

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Boris Casoy. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.